Não existe nada de novo nesse campo da espionagem e contra-espionagem entre países. Isso existe desde que o mundo é mundo! O novo é a amplitude e magnitude, a sofisticação e grau de invasão até nas questões pessoais, promovida pelo país que se autopromoveu a xerife do planeta: EUA. A reação foi imediata! Repúdio de todos os países e um certo medo de usar a internet por parte das pessoas.
Um medo inútil, diga-se de passagem, pois a privacidade é algo que se foi com a chegada da globalização e da informatização de muitos serviços. Um simples cartão bancário dá pista de por onde andamos, o que consumimos e quanto gastamos. Portanto, Bancos sabem muito mais sobre cada um de seus clientes do que deixam transparecer.
Vivemos um misto de 1984, de G. Orwell, com o Admirável mundo novo, de Huxley. Tudo isso regado a Blade Runner ... num mundo de gangsterismo estatal muito sofisticado. Diante dessas circunstâncias, nem o medo se justifica, já que órgãos de segurança nacionais ou internacionais monitoram as pessoas de todos os países, veladamente ou não, e justificam tudo com um falso discurso de necessidade de proteção ao cidadão. Não é verdade; é o Estado que se protege do cidadão.
- por Paulo Santos