Cada vez mais frequentes, os casos de mortes durante ou em consequência de cirurgias estéticas não deixam de nos fazer pensar nos valores superficiais e rasos que norteiam a vida de muita gente. O desprezo pelo conhecimento em tempos como os nossos, com internet e tudo o mais que pode facilitar o acesso à boa informação, basta saber procurar, e isso não ocorre ... as pessoas parecem preferir a ignorância falsamente protetora.
Se a vida perdoa os simples, mas não os ingênuos, como diz a sabedoria popular, deveria haver um mínimo de bom senso em certas cabeças para que se veja que o risco não compensa. Um pouco mais de gordura aqui ou ali é, e sempre foi, coisa normal no ser humano. Então por que aventurar-se a um procedimento cirúrgico que traz riscos?
Ser, ter ou parecer? Vivemos tempos em que 'parecer' tem sido o mais importante. A preocupação com a imagem demonstra uma forte distorção nos verdadeiros valores que sustentam uma existência. O consumo desenfreado, a negação do 'outro', viver como se não fosse morrer, ter informações com a profundidade e vastidão de um pires ... Colapso civilizatório. Recomecemos!
- por Paulo S.