Contrariando a presunção da inocência até que se prove a culpa, criamos uma sociedade de suspeitos, onde os criminosos - de gravata ou de chinelos - criam as normas, as regras e as leis.
Máquina breve
O pequeno vaga-lume
com sua verde lanterna,
que passava pela sombra
inquietando a flor e a treva
— meteoro da noite, humilde,
dos horizontes da relva;
o pequeno vaga-lume,
queimada a sua lanterna,
jaz carbonizado e triste
e qualquer brisa o carrega:
mortalha de exíguas franjas
que foi seu corpo de festa.
Parecia uma esmeralda
e é um ponto negro na pedra.
Foi luz alada, pequena
estrela em rápida seta.
Quebrou-se a máquina breve
na precipitada queda.
E o maior sábio do mundo
sabe que não a conserta.
http://www.outraspalavras.net/2011/05/11/homens-e-deuses-existe-um-cinema-cristao/
Link para resenha e trecho do filme Homens e deuses.
Uma flor de Azaléia
Amanheci com vontade de beber versos
De fazer um colar de rimas
De voar e catar na praia
gravetos do mar para fazer um poema
Bater nas portas e oferecer mudas de rosas.
Pensei que as palavras esqueceram de mim,
Mas depois do meu pranto
Elas cairam sobre mim em buquês de crisântemo
Surgiram da sala escura,
se penduraram na janela,
se vestiram de Azaléias
e ficaram a perfumar o meu dia.
Como fugir da Alecrim dourada,
da Rosa de Prata,
das Tulipas e das Acácias,
todas são poesias
das melodias que fizeste pra mim,
Flor de Lis.
- Deusa Ilario
Por Mauro Malin em 19/11/2011 na edição 668
Alerta da maior gravidade que espera ação imediata da mídia paulistana – e da polícia: neonazistas hostilizaram os invasores da Reitoria da USP e se reapresentaram no câmpus. Distribuem panfletos, ameaçam.