Para falar de gente, de seres humanos, do bicho humano perfectível, apesar de tudo. Do Animal sapiens, mas a partir de agora do "Homo spiritualis", com sua fé e religiosidade muitas vezes confusa, gerando preconceitos, discriminações.

13
Set 11

Angolana Leila Lopes é Miss Universo

Ontem, em São Paulo, a angolana Leila Lopes foi eleita Miss Universo, confira aqui.


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publicado por animalsapiens às 11:33
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12
Set 11

Outras Palavras inicia blog coletivo

Novo espaço amplia projeto editorial do site, dialoga com nova cultura política e abre-se à participação intensa dos leitores 

Não repare no desenho, que é precário e será logo alterado, com a reforma gráfica do site. Mas, se possível, passe os olhos em cinco textos publicados no blog coletivo – o novo espaço de Outras Palavras. Produzidos terça-feira, eles tratam de temas relevantes na semana: as manobras de Washington para evitar o reconhecimento do Estado Palestino da ONU; as novas iniciativas da Turquia para tornar-se potência regional no Oriente Médio; o declínio político da chanceler alemã, Angela Merkel; o atrito entre autoridades irlandesas e o Vaticano, que retarda a apuração de casos de pedofilia ocorridos naquele país; a explosão do uso de drogas sintéticas na Inglaterra (cinco novos lançamentos por mês…), diante do tabu que persegue derivados de plantas psicoativas.

Atualizado várias vezes ao dia (a partir da próxima segunda-feira), o blog coletivo será um espaço para textos mais breves, capazes de oferecer informação inédita e análises não-convencionais sobre um conjunto amplo de fatos nacionais e internacionais destacados. O objetivo editorial é claro. A cultura política da autonomia, que se espalha rapidamente, exigirá conhecimento cada vez mais vasto e aprofundado da realidade. Transformar continuamente o mundo, ao invés de apenas votar a cada dois anos, requer examinar cenários, enxergar os pontos em que eles podem ser alterados, imaginar iniciativas que permitam fazê-lo.

O jornalismo não-superficial, que a velha mídia abandonou, é um excelente instrumento para isso. Será mais fácil defender a descriminalização do uso de drogas se pudermos demonstrar que as políticas atuais interessam ao crime organizado e alimentam o consumo voraz e irresponsável de psicoativos “legalizados”. Quem compreender o papel de uma votação maciça em favor da independência palestina, nas Nações Unidas, desejará participar de atividades em seu favor.

Mas o novo espaço será marcado, também, pela multiplicação de espaços para participação dos leitores. Após o surgimento da comunicação horizontal, a aventura de conhecer e narrar o mundo deixou de ser privilégio dos jornalistas. Pode ser vivida por redes de colaboradores. Mas tal mudança, que muitos veem como a emergência de um “jornalismo cidadão”, está apenas começando. Para que ela avance, será preciso experimentar novas formas. Outras Palavras explora esta possibilidade sondando um caminho inovador. Desde 2010, mantém o Ponto de Cultura Escola Livre de Comunicação Compartilhada. No ano passado, ele promoveu 40 oficinas voltadas ao exame das mídias livres, na era digital – e produziu um documentário multimídia sobre as ocupações de prédios em São Paulo, que será lançado em 1º de outubro. Agora, irá além: oferecerá aos leitores, por meio do blog coletivo, a possibilidade de contribuir diretamente com o site, por meio de três canais de participação.

1. Os comentários: A partir dos próximos dias, a redação do site passará a postar, além de textos mais curtos, notas sumárias, chamando à colaboração. Queremos explorar as possibilidades do crowdsourcing, a construção de visões complexas sobre um determinado fenômeno a partir de múltiplas contribuições parciais. Imagine um tema como a instalação da primeira linha de trem de alta velocidade no Brasil. A partir de uma provocação inicial, um conjunto de leitores pode aportar contribuições sobre aspectos positivos, críticas, alternativas. Elas serão sistematizadas de tempos em tempos, em novas versões do post inicial. A obra permanecerá aberta. Com base nas informações trazidas pela rede, podem surgir diferentes pontos de vista. Também por meio dos comentários, os leitores poderão sugerir temas novos – que, eventualmente, se converterão, em posts abertos à colaboração dos leitores.

2. A colaboração regular: Além de estimular as contribuições esporádicas, o blog coletivo de Outras Palavras quer montar um grupo de colaboradores regulares. Em nossa fórmula, eles serão estimulados a acompanhar temas nacionais e internacionais relevantes. Alguns exemplos, entre dezenas de outros possíveis: as revoltas jovens na Espanha; o debate sobre a exploração do petróleo do pré-sal no Brasil; os preparativos para a Conferência Rio+20 sobre desenvolvimento sustentável; os esforços para articulação dos países do Sul do mundo; os avanços da nanotecnologia e suas repercussões sociais; a multiplicação de manifestações da cultura das periferias; a tramitação do novo Código Florestal Brasileiro no Senado.

Os colaboradores regulares deverão apresentar (via site, num formulário muito sintético, disponível nos próximos dias) um tema e um projeto sintético de cobertura. A própria redação proporá um primeiro elenco de assuntos que Outras Palavras gostaria de seguir. O site oferecerá, além disso, alguns instrumentos que pode qualificar a colaboração. No final de setembro, uma ou mais oficinas sobre web 2.0 debaterão e apresentarão, de forma prática, o uso da internet como ferramenta de pesquisa jornalística. Outras Palavras desenvolveu, e deseja compartilhar, importante conhecimento a esse respeito.

Estamos convencidos de que a internet tornou possível acessar informação alternativa sobre quase todos os temas nacionais e internacionais relevantes; e de que se pode produzir material jornalístico de alta qualidade selecionando, contextualizado e transformando este material em informação profunda e ao mesmo tempo compreensível por muitos. Vamos tornar pública nossa base de pesquisas e nossa experiência no uso de agregadores de conteúdo (via RSS) e de ferramentas como o Google News, o NetVibes e o Mandala (no ar em breve). Também debateremos como construir, com base nestas fontes e ferramentas, narrativas claras, ricas em informação e, sempre que for o caso, mobilizadoras – mas sempre verdadeiras e não-panfletárias.

Além disso, haverá debate permanente. Uma reunião de pauta semanal permitirá programar o trabalho futuro e avaliar o passado. Ocorrerá às quintas-feiras, em São Paulo. Terá transmissão participativa, via web-TV. No intervalo entre as reuniões, usaremos listas net e comunicadores instantâneos.

3. A colaboração incentivada: Por fim, graças ao Ponto de Cultura, podemos oferecer a um grupo de colaboradores incentivados, uma ajuda de custo quase-simbólica, vinculada ao cumprimento um plano básico de pesquisa e publicação: R$ 300 mensais, durante três meses. Terminado este período, recorreremos a um importante canal de financiamento das novas mídias: as plataformas que permitem captar recursos diretamente junto ao público, como o Catarse. Ao mesmo tempo, o site procurará incentivar novos projetos de cobertura de temas relevantes.

Para candidatar-se à colaboração incentivada bastará enviar o mesmo projeto de cobertura que pedimos aos colaboradores regulares. No final de setembro, a redação de Outras Palavras, fará – com possível auxílio de outros editores da mídia livre, blogueiros e estudiosos da comunicação compartilhada – a escolha dos primeiros projetos incentivados. Novas seleções se farão a cada três ou quatro meses.

Não haverá edição obrigatória, no blog coletivo de Outras Palavras. Ela será, num certo sentido, um espaço experimental para as possibilidades das novas mídias. Os demais espaços do site serão mantidos e enriquecidos. Além de atualizada mais frequentemente, a revista virtual, que já publica textos de nossos colabores e material internacional traduzido, poderá reproduzir textos dos blog coletivo – neste caso, editados pela redação. Nossa seleção de textos publicados na websfera brasileira será complementada, em breve, pelo Mandala, um agregador onde que permitirá acompanhar as manchetes de centenas de sites brasileiros de mídia livre, organizados por assunto – e acessá-los instantaneamente.

Na próxima segunda, irá ao ar o formulário para inscrições no blog coletivo. Outras novidades estão a caminho. Outras Palavras trabalha, há quase um ano, para montar uma web-TV permanente. Interessados em contribuir com o projeto podem escrever ao editor. Também queremos explorar a edição e publicação de livros digitais e a realização de debates presenciais sobre os temas que debatemos.

Temos poucos recursos, mas muita imaginação. Queremos ser um espaço em que se reúnam interessad@s em criar novas formas de conhecer e reinventar o mundo. Estamos apenas começando. Sua participação será sempre benvinda.

 

www.outraspalavras.net

publicado por animalsapiens às 12:32
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10
Set 11

- postado por Paulo R. Santos

 

Toda vida é preciosa. Não importa se humana, animal ou vegetal. A vida da Terra é igualmente preciosa, portanto é um bem absoluto, sem preço. No entanto, seres de todas as espécies morrem e se matam continuamente, desde sempre.

 

No momento destaca-se o 11 de setembro de 2001 como uma data especial, quando um suposto atentado terrorista, com origem em radicais islâmicos, teria motivado e justificado as reduções bruscas dos direitos humanos em vários países ocidentais, e um eventual recrudescimento das lutas étnicas, religiosas ou entre facções políticas no Oriente Médio, Ásia e África, com provável repercussão na América Latina.

 

O fato é que desde a implosão do bloco soviético (1989), divulgou-se que a 'guerra fria' havia terminado, o que é, no mínimo, discutível. Os interesses ocidentais de hegemonia e o neoimperialismo diante da escassez de matérias-primas, o fortalecimento de economias emergentes, além de outros fatores, fez com que o eixo do poder econômico e político se deslocasse gradualmente do hemisfério norte para o hemisfério sul, fato já aceito consensualmente.

 

Países que até então se mantinham em posição de domínio passaram a apelar para a fomentação de guerras étnicas e religiosas para alimentar a indústria bélica, com destaque para EUA, França, Grã-Bretanha e Alemanha.

 

O mundo islãmico resistiu até o fim à 'nova ordem econômica' imposta por esses países e daí surgiram os inúmeros grupos de resistência, chamados de terroristas pelos ocidentais, e de patriotas pelos países de origem. Questão de ponto de vista ! O neoliberalismo naufragou em 2008 levando consigo os países que o financiavam e impunham. Justamente os que agora justificam ainda hipocritamente a guerra entre ocidentais e islâmicos.

 

O atentado de 11 de setembro de 2001 será sempre uma história incompleta com muitas versões possíveis. O dinheiro, o poder político e a influência midiática manterão a versão oficial no topo da lista ainda por muito tempo, não restando outras possibilidades além de especulações e teorias de conspiração para os demais.

 

De qualquer forma, a história já formou o veredito moral de que os EUA provocaram a retaliação ao atacar sistematicamente países, principalmente islâmicos, sob alegações absurdas, como foi o caso da Guerra do Golfo e contra o Iraque, ou de participar com fornecimento de armamento e munição (radioativa, inclusive, como no caso da Bósnia e Líbia), o que tornou os Estados Unidos da América, o país mais temido e odiado no planeta.

 

O tempo, esse fazedor de sínteses, como dizem os filósofos, jogará a última pá de cal sobre o episódio, oportunamente, como já o fez sobre as guerras, atentados e massacres anteriores. Fica o registro de que ainda não aprendemos a lição da paz, pois a exploração política e midiática do 11 de setembro, de forma tendenciosa, parcial e emocional, certamente estimulará a continuidade dos sofrimentos humanos, na forma de outras guerras, atentados, adoecimento coletivo, medo difuso e permanente, suicídios, homicídios, destruição da natureza, da cultura humana, e o aumento da violência sob várias formas.

 

 


publicado por animalsapiens às 19:48

O darwinismo social


Para a Globo Filmes, o homem do futuro, aquele idealmente inserido na sociedade, é o malandro carioca.

Por Bruno Carmelo, editor do blog Discurso-Imagem.

Haveria diversas maneiras possíveis de se analisar a estreia O Homem do Futuro. A primeira seria pelo gênero de ficção científica, ilustrado por um grande número de raios laser, equipamentos mirabolantes e vocabulário convenientemente alheio ao seu público-alvo, com o intuito de impressionar mais do que esclarecer (“aceleradores de partículas”, “equações da matriz matemática” e equivalentes). Também poderia se esquecer a parafernália dos efeitos especiais e se concentrar apenas no amor romântico, com seus grandes mitos todos condensados aqui, de Romeu e Julieta a Tristão e Isolda.

Mas talvez o mais interessante seja observar o próprio título e a significação que ele apresenta dentro dessa história. Afinal, existem três homens apresentados nesta trama, todos interpretados por Wagner Moura, em diferentes momentos da vida, em idas e voltas no tempo. O ator foi provavelmente instruído a atuar como se estivesse numa história em quadrinhos ou num episódio dos Trapalhões, cheia de chiliques, atrapalhada, exagerada como ele raramente faz.

Passado o choque inicial com este personagem-marionete, resta  a percepção de uma “evolução natural” apresentada entre estes três tipos de homem, uma espécie de darwinismo concebido pela Globo Filmes, um estudo da evolução no masculino singular (porque a personagem feminina, coitada, é limitada a ser bela, a ser a santa-prostituta que nunca muda mesmo quando seu parceiro evolui).

O primeiro homem existente é o cientista íntegro. Ele é marcado pelos traços mais caricatos da inteligência: óculos, higiene precária, sem vida social nem afetiva, apaixonado pelos números, gênio intempestivo e incompreendido. Esta versão da masculinidade é desprovida de sedução, mas não de libido (ele transa com prostitutas). Acima de tudo, ele é triste, insatisfeito por ainda não ter descoberto a tal máquina de viajar no tempo. Esta figura masculina é a do nerd, do geek, do indivíduo que muitos filmes independentes aprenderam a amar e cultuar, mas que aqui será apresentado como alternativa inviável. Por isso a narrativa o abandona, e pensa em outro projeto.

O segundo homem é radicalmente oposto. Ele soube usar a tecnologia de ir e vir no tempo para aprender os fatos futuros e especular na bolsa de valores atual. Este homem de negócios é arrogante, vil, mesquinho e seu sucesso é diretamente relacionado com a perda de caráter. Por esta razão, ele também perde sua vida afetiva e social, também transa unicamente com prostitutas. Por caminhos radicalmente diferentes, estes dois projetos de homem são mostrados como fracassos idênticos. Nem a integridade romântica nem o pragmatismo capitalista são soluções satisfatórias neste filme – é preciso negar esta bipolaridade tradicional e buscar um novo rumo.

Pois neste momento a narrativa surpreende, cria uma mudança radical na conclusão e torna vencedor um outro protagonista, espécie de síntese pós-moderna dos últimos dois. O homem vencedor, que termina com amigos, com a mulher dos sonhos, com grana, limusine e champanhe nas praias do Rio, é o protótipo do malandro, aquele sujeito malicioso que dá um jeitinho, de maneira obviamente ilegal, e termina enganando a todos – inclusive ao público.

Este “homem do futuro” não é o vilão em busca do dinheiro, nem o pobre sonhador, e sim um tipo dissimulado, que finge ser gênio diante dos especuladores da bolsa, e usa sua habilidade da bolsa dentro da física quântica. O humano que supera a seleção natural, neste caso, é o mentiroso, o “adorável enganador”, aquele que retira uma solução incrível (e inverossímil) da cartola quando todos os caminhos pareciam fechados. Tanto o gênero da ficção científica quanto o da comédia romântica, acostumados com figuras maniqueístas e idealizadas, têm que acomodar de agora em diante este novo androide, não mais uma mistura de humano e robô, mas uma mistura de integridade e ganância, um lobo em pele de cordeiro.

 

O Homem do Futuro (2011)
Filme brasileiro dirigido por Cláudio Torres.
Com Wagner Moura, Alinne Moraes, Maria Luiza Mendonça, Gabriel Braga Mendes, Fernando Ceylão.

 

www.outraspalavras.net

publicado por animalsapiens às 12:05

09
Set 11

"Já não amo a América"

01/09/11 "Já não amo a América"

O escritor Pedro Paixão partiu para Nova Iorque pouco tempo depois dos ataques terroristas de 2001. Num texto inédito, explica como digeriu aquela nova realidade. "Se a Europa morreu nos fornos de Auschwitz, a América sofreu um ataque cardíaco no 11 de Setembro", afirma.

Eu amei a América

Antes de ir pela primeira vez à América eu já amava a América. Na verdade, eu já tinha estado na América antes de lá ir pela primeira vez. Para dizer a verdade inteira: eu nasci na América, lá ir foi apenas regressar. Soube disso mal aterrei no aeroporto de Nova Iorque e depois, durante muitos anos, falando, vendo, lendo, ouvindo e escrevendo, fui sabendo melhor porque nasci na América, e a amei por isso.

O amor é um sentimento confuso: não tem fronteiras fixas, razões que lhe bastem, é inútil tentar controlá-lo: é ele que nos apanha, nos leva consigo e depois nos deixa, para que, sempre outro e o mesmo, tome de novo conta de nós. A América foi o lugar que permitiu ao meu avô materno vencer a fome e a miséria, o primeiro, da minha minúscula família, a ler livros e jornais, a apreciar música, a cultivar o ócio que permite pensar. Nunca deixo de lho agradecer e pedir ao meu filho que nunca esqueça de onde viemos. A minha família nasceu na América – curiosamente numa pequena cidade a uns dez quilómetros do lugar onde foi construída por judeus portugueses, livrados do Santo Ofício da Inquisição, a primeira sinagoga da América do Norte, com o peculiar nome de Touro.

Voltei a nascer na América quando quis ser astronauta e vivi empolgado, com oito ou nove anos, a fantástica aventura da conquista espacial. Depois nunca mais deixei a América. Eu acreditei que a justiça, sempre de novo derrotada, vivia na América, que John Ford era mais do que realizador de cinema mas quem fizera do cinema a arte do século XX, que nada seria mais fascinante do que passar uma tarde com o Andy Wahrol a falar do que a América quer dizer. E, como se não bastasse, havia o Pollock e o Rothko, e havia o Miles e o Chet, e havia Duchamp e Frank Lloyd Wright, e uma maravilhosa criança chamada Marilyn Monroe. E ainda teve tempo de inventar tudo o que faltava inventar: a luz eléctrica, a pílula, a internet. Claro que ninguém pode ignorar a violência, a discriminação, as bombas de napalm. A América não é um país com problemas. A América é o país que mais problemas tem, sempre teve. Tudo está na vontade de os resolver. E a América, é, sempre foi, antes de mais, vontade.

Eu já não amo a América. Estou cansado, velho e desiludido. Se a Europa morreu nos fornos de Auschwitz, a América sofreu um ataque cardíaco no 11 de Setembro. Ter ganho a Guerra Fria, oferecendo-nos cinquenta anos de paz e riqueza, deixou-a falida económica e, sobretudo, moralmente. Já não tem alma para gritar: somos os melhores, porque o merecemos. A liberdade, não de escolher entre isto ou aquilo, mas de poder fazer o que deve ser feito, custe o que custar e sem aguardar recompensa, perdeu a sua última possibilidade. Num mundo estilhaçado onde já ninguém sabe quem é, berrando o contrário, a vontade da América deixou de querer ser simplesmente o que é, vontade. Deixei de amar a América. Não vou amar mais.

 

Pedro Paixão

www.sapo.pt

publicado por animalsapiens às 11:57

 

independencia del Brasil (breve relato en Guarani)

BRASIL SÃSO REMBIASA’IMI (7 jasyporundy 1822)

Táva Río de Janeiro-pe oñembyaty reraguapy ojejerurehápe Don Pedro topytánte hağua Brasil-pe.  Ko kuatia oñemoğuahẽ Don Pedro-pe 9 jasyteĩ 1822-me, ko tembiapo ojapo  José Clemente Pereira, ha’éva Cámara de Senadores myakãhára Rio de Janeiro-pegua. Péicha pe Príncipe Regente ndojapói omondóva ichupe Cortes-pegua ha opyta Brasil-pe. Ko mba’e ojapo oñandu haguére pe temiandu oĩva upérõ omyakãva José Bonifácio de Andrada e Silva. Ko mba’e oñemomarandu Don Pedro-pe 24 jasypakõi 1821-me ha oje’e ojehechavaiha Corte Lisboa-pegua rembiapo. Don Pedro omyasãi Gazeta de Río de Janeiro, 8 jasyteĩ 1822-me, ha hetápe omomỹi. Pa ára rire José Bonifácio ha aty ohóva hendive omoğuahẽ terarysýi karai principe oikuaa hağua. Upe árape Don Pedro oñe’ẽmondo José Bonifácio opyta hağua ministro del Reino ha pytagua rehegua, ko mba’e omombareteve tetãyguakuérape, ojupi haguére peteĩ rapái, araka’eve upéva ndoikói’akue. Joyke’ykuéra Andrada, José Bonifácio, Antônio Carlos ha Martim Francisco, herakuã mbarete polítikokuéra apytépe ha tavayguakuéra renondépe.

Péicha jasypópe pe ñokarãi imbaretevéma Don Pedro ha Corte-kuéra apytépe. Upévare principe regente oñe’ẽmondo: opa mba’e ojejaposéva Brasil-pe katuete oguerahava’erã “tojejapóke” che aheraguapýva, péva he’ise Brasil hekosã nungáma ohóvo, ko mba’e ha’e ojapo haguére 13 jasypópe, Senado Cámara Río de Janeiro-pegua ombohéra chupe ha ipehẽnguekuérape “Brasil pysyrõhára opaite árape”.

Oñehenói ojejapo hağua Convención Constituyente ojehechakuaa hağua tekotevẽha ñemosãsóre. Ohasávo jasy ojehecha opavave temiandu, péicha Pedro oho Sao Paulo-pe oikuaa hağua okaraygua oĩmbápa pe ojeipotáva ndive. Ojevývo Río de Janeiro, 10 jasypondýpe oñemoğuahẽ ichupe mokõi kuatiañe’ẽ peteĩva José Bonifácio, ojeruréva omondoho hağua jekupyty metrópoli ndive, ha ambue hembirekógui María Leopoldina, he’íva ha’e omoirũha ministro mba’e rembipota. Upépe Pedro ojere omaña iñirũnguéra rováre ha he’i “Che irũnguéra Corte portuguesas ñandeguerekose ipoguýpe ha jejahéipe. Ko ára guive jajehekýi chuguikuéra. Ndaipóri mbe’eve ñanemoirũva gueteri hendivekuéra” oipe’a brazalete hovy ha morotĩva Portugal rechaukaha, ha ombojoapy “Peipe’a brazalete pende jyvágui che irũnguéra. Ñamomaitei Sãso, Portugal poguýgui ñesẽ, ha espada ipópe he’i jey “Che ruguýre, cheréra, ha Tupãre, añe’ẽme’ẽ Brasil-pe ame’ẽva’erã : ¡Sãso térã mano! Péicha Brasil isãso Portugal-gui 7 jasyporundy 1822-me.

 

Ombohasa Matilde Galeano

marandu Wikipedia-gua

 

http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/independencia-del-brasil-breve-relato-en-guarani

publicado por animalsapiens às 11:39

08
Set 11

Consumidores machos, cervejas pretas fêmeas (1)

O anúncio em epígrafe, das Cervejas de Moçambique, provocou a ira de várias organizações, especialmente feministas. Segundo o "Notícias" de hoje, a empresa decidiu retirá-lo. Aqui. Nesta série vou tentar desenvolver algumas ideias, mostrar que a feminização publicitária da cerveja já ocorreu em outros países e dar-vos conta de algumas divindades femininas da cerveja.
(continua)

posted by Carlos Serra at 9/08/2011 06:04:00 AM 12 comments links to this post

 

http://www.oficinadesociologia.blogspot.com

publicado por animalsapiens às 12:02

07
Set 11

"Quando o marido, príncipe regente, viajou a São Paulo em agosto de 1822, para apaziguar a política (o que culminaria na proclamação da lndependência do Brasil em setembro), D. Leopoldina exerceu a regência. Grande foi sua influência no processo de independência. Os brasileiros já estavam cientes de que Portugal pretendia chamar D. Pedro de volta, rebaixando o Brasil outra vez ao estatuto de simples colônia, em vez de um reino unido ao de Portugal. Havia temores de que uma guerra civil separasse a Província de São Paulo do resto do Brasil. D. Pedro entregou o poder a D. Leopoldina a 13 de agosto de 1822, nomeando-a chefe do Conselho de Estado e Princesa Regente Interina do Brasil, com poderes legais para governar o país durante a sua ausência e partiu para apaziguar São Paulo.

A princesa recebeu notícias que Portugal estava preparando ação contra o Brasil e, sem tempo para aguardar o retorno de D. Pedro, D. Leopoldina, aconselhada por José Bonifácio de Andrada e Silva, e usando de seus atributos de chefe interina do governo, reuniu-se na manhã de 2 de setembro de 1822, com o Conselho de Estado, assinando o decreto da Independência, declarando o Brasil separado de Portugal. A imperatriz envia-lhe uma carta, juntamente com outra de José Bonifácio, além de comentários de Portugal criticando a atuação do marido e de dom João VI. Ela exige que D. Pedro proclame a Independência do Brasil e, na carta, adverte: "O pomo está maduro, colhe-o já, senão apodrece".

O oficial chegou ao príncipe no dia 7 de setembro de 1822. Leopoldina enviara ainda papéis recebidos de Lisboa, e comentários de Antônio Carlos Ribeiro de Andrada, deputado às Cortes, pelos quais o Príncipe-Regente se inteirou das críticas que lhe faziam na Metrópole. A posição de D. João VI e de todo o seu ministério, dominados pelas Cortes, era difícil."

 

[...]

 

 

"A imperatriz, que há meses encontrava-se em grave processo de depressão e em adiantado processo de gravidez, teve a saúde profundamente abalada. Em sua última carta à irmã Maria Luísa, ditada à marquesa de Aguiar, menciona um "terrível atentado" que sofrera pelas mãos de seu marido na presença da amante: São Cristóvão, 8 de dezembro de 1826, às 4 horas da manhã Minha adorada mana! Reduzida ao mais deplorável estado de saúde e tendo chegado ao último ponto de minha vida em meio dos maiores sofrimentos, terei também a desgraça de não poder eu mesma explicar-te todos aqueles sentimentos que há tanto tempo existiam impressos na minha alma. Minha mana! Não tornarei a vê-la! Não poderei outra vez repetir que te amava, que te adorava! Pois, já que não posso ter esta tão inocente satisfação igual a outras muitas que não me são permitidas, ouve o grito de uma vítima que de tu reclama - não vingança - mas piedade, e socorro do fraternal afeto para meus inocentes filhos, que orfãos vão ficar, em poder de si mesmos ou das pessoas que foram autores das minhas desgraças, reduzindo-me ao estado em que me acho, de ser obrigada a servir-me de intérprete para fazer chegar até tu os últimos rogos da minha aflita alma. A Marquesa de Aguiar, de quem bem conheceis o zelo e o amor verdadeiro que por mim tem, como repetidas vezes te escrevi, essa única amiga que tenho é quem lhe escreve em meu lugar. Há quase quatro anos, minha adorada mana, como a ti tenho escrito, por amor de um monstro sedutor me vejo reduzida ao estado da maior escravidão e totalmente esquecida pelo meu adorado Pedro. Ultimamente, acabou de dar-me a última prova de seu total esquecimento a meu respeito, maltratando-me na presença daquela mesma que é a causa de todas as minhas desgraças. Muito e muito tinha a dizer-te, mas faltam-me forças para me lembrar de tão horroroso atentado que será sem dúvida a causa da minha morte. Cadolino, que por ti me foi recomendado, e que me tem dado todas as provas da maior subordinação e fidelidade, é quem fica encarregado de entregar-te a presente, e declarar-te o que por muitos motivos não posso confiar a este papel. Tendo ele todas as informações que são precisas sobre este artigo, nada mais tenho a acrescentar, confiando inteiramente na sua probidade, honra e fidelidade. Faltaria ao meu dever se, além de ter declarado ao Marechal e a Cadolino que tenho dívidas contratadas (ou contraídas?) para sustentar os pobres, que de mim reclamarão algum socorro, e para as minhas despesas particulares, não dissesse a ti que o Flach, de quem tenho muitas vezes escrito, é digno de toda tua consideração e de meu Augusto Pai, a quem peço-te remeter a inclusa. Este virtuoso amigo, além de ter se sacrificado e comprometido a si mesmo e seus negócios para me servir, não desprezou meio algum para me procurar socorros. Peço-te por quanto tens de mais sagrado de lhe prestares todo o auxílio, de modo que ele possa satisfazer aquelas dívidas que por mim tem contraído. Recomendo este exemplo da mais virtuosa amizade. Cadolino te dirá qual foi o procedimento de Marechal para comigo. A Marquesa de Aguiar fica encarregada de dar a ti os mais miúdos detalhes sobre quanto diz respeito às minhas queridas filhas. Ah, minhas queridas filhas! Que será delas depois da minha morte? É a ela que entreguei a sua educação até que o meu Pedro, o meu querido Pedro não disponha o contrário. Adeus minha adorada mana. Permita o Ente Supremo que eu possa escrever-te ainda outra vez, pois que será o final do meu restabelecimento. L. S. B. Marquesa de Aguiar Escrevi.[10] A partir de então, surgiram os mais diversos boatos: de que a imperatriz era prisioneira na Quinta da Boa Vista, de que estava sendo envenenada por seu médico a mando da marquesa de Santos e outros. A popularidade de Domitília de Castro, que já não era boa, piorou, tendo sua casa em São Cristóvão sido apedrejada e seu cunhado, camareiro da imperatriz, alvejado por dois tiros. O direito de presidir as consultas médicas à imperatriz, como sua dama de companhia, lhe foram negadas, e a partir de então a marquesa de Santos perdeu progressivamente sua influência na corte. O comunicado emitido em 11 de dezembro ao imperador sobre a morte de sua esposa relata convulsões, febre alta e delírios. O filho que carregava no ventre morreu consigo. Gozando de grande apreço pela população, que lhe admirava muito mais do que ao marido, teve sua morte chorada por grande parte da nação.[11] Esta versão dos acontecimentos foi propagada até a Europa, tendo a reputação de D. Pedro ficado de tal modo manchada que o seu segundo casamento tornou-se deveras dificultoso. É dito que o primeiro galardoado da Imperial Ordem de Pedro Primeiro, Francisco I da Áustria, teria recebido a comenda como um pedido de desculpas do imperador brasileiro."

 

Fonte: Wikipédia

publicado por animalsapiens às 11:31

06
Set 11

A privatização da mente, a pobreza da imaginação e os distúrbios

"Estes dados não me mostram, não me sugerem, que as pessoas, que a nossa gente, seja mais criminosa que qualquer outra. O que me sugerem é que foi submetida a processos de criminalização - o sociólogo e filósofo Paul Gilroy fala sobre as manifestações inglesas, leia em inglês aqui, em espanhol aqui, confira também aqui, para traduzir aqui.


http://www.oficinadesociologia.blogspot.com/

publicado por animalsapiens às 12:02
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05
Set 11

[ATUALIZADO DIA 31/08]

DIA 7 DE SETEMBRO DE 2011 - INICIO AS 13:00 EM TODOS LOCAIS CONFIRMADOS

Para quem não sabe, é o movimento contra a corrupção que ocorrerá no dia 07 de Setembro de 2011. Ocorrerá nas capitais brasileiras, e nas cidades onde tenha gente suficientemente corajosa para abraçar essa causa. O movimento foi criado pelo grupo Anonymous Brasil com apoio do Mascarado Polêmico, e necessita de sua ajuda para que realmente cause algum efeito.

Esperamos contribuição de todas as pessoas cansadas com a real situação atual do Brasil e preocupadas com um futuro melhor. Dica para quem quiser entrar nessa "briga" : procure apoio nas escolas, sindicatos, e divulgue a causa. Chame atenção de quem quer mudança, e quem procura fazer a diferença.

 

Locais Confirmados:


  • Porto Alegre-RS: Parque Farroupilha (Redenção)
  • Brasília-DF: Praça dos Três Poderes (RUMO AO CONGRESSO NACIONAL)
  • São Paulo-SP: MASP, Av. Paulista
  • Santos-SP: Vicente de Carvalho até a Praça da Independência
  • São Carlos-SP: (cidade universitária -UFSCar, USP, UNICEP) Praça Coronel Salles
  • Piracicaba-SP: Avenida Armando Salles de Oliveira.
  • Campinas-SP: Em frente a prefeitura
  • Itu-SP: Praça Souza até a Praça Guanabara (em frente a receita federal)
  • Jundíai-SP: Av. União dos Ferroviários
  • Rio de Janeiro-RJ: Av. Presidente Vargas (Em frente a prefeitura)
  • Petrópolis-RJ: Praça Rui Barbosa
  • São Gonçalo-RJ: Rua Dr. Feliciano Sodré, 100. (Em frente a Prefeitura)
  • Jaragua do Sul-SC: Praça Angelo Piazera
  • Joinville-SC: Em Frente ao Shopping Muller
  • Manaus-AM: Mesmo trajeto da Marcha da Liberdade
  • Natal-RN: Em frente ao Shopping Midway Mall
  • Salvador-BA: Em frente a câmara dos vereadores (antiga prefeitura)
  • Belo Horizonte-MG: Praça da Liberdade até a Praça 7
  • Uberlândia-MG: Praça Tubal Vilela
  • Campo Grande-MS: Praça Ari Coelho
  • Cuiabá-MT: Praça Alencastro
  • Goiânia-GO: Praça do Trabalhador até a Praça Cívica, pela Avenida Goiás
  • Recife-PE: Praça Rio Branco (Marco Zero)
  • Curitiba-PR: Praça Santos Andrade (com possível caminhada até a Praça 19 de Dezembro)
  • Cascavel-PR: Ponto de concentração: Calçadão (em frente a matriz)
  • Vitória-ES: Av Getúlio Vargas


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publicado por animalsapiens às 23:36
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