Para falar de gente, de seres humanos, do bicho humano perfectível, apesar de tudo. Do Animal sapiens, mas a partir de agora do "Homo spiritualis", com sua fé e religiosidade muitas vezes confusa, gerando preconceitos, discriminações.

10
Nov 13

http://www.clubedeautores.com.br/book/154400--ROSAS_PARA_JAMILA

 

* É só copiar e colar no seu navegador. Se você gosta de literatura de época, ... dê uma olhada !  {#emotions_dlg.beja}

 

Paulo

publicado por animalsapiens às 09:00

05
Fev 13

Geraes de Minas

   Confidências entre inconfidentes

Paulo R. Santos*
                                                                                 
 
Ouro Preto: possivelmente, o cenário dessa conversa tão sigilosa quanto reveladora...
(Foto: Dani Vargas)



                              
Lá pelos idos de novembro de 1788, um diálogo dessa natureza pode ter ocorrido diante dos acontecimentos que se precipitavam na Capitania das Minas Gerais:
- O senhor bem sabe dos riscos que todos os envolvidos correm? Vossa Mercê tem ciência de que nem os irmãos maçons poderão livrar todas as cabeças da forca se houver delação?
- Sim, meu caro capitão! Há entre nós os verdadeiros idealistas, mas não somos ingênuos ao ponto de não suspeitar da existência de infiltrados no movimento. Já sabemos de espiões franceses, holandeses e ingleses acompanhando tudo, à espreita de oportunidades de atenderem aos interesses de seus países.
- E nada será feito, Dr. Tomaz? Sabemos que o povo se levantará se for declarada a Derrama (cobrança compulsória dos impostos atrasados na Capitania), mas há quem desconfie dos portugueses e dos grandes devedores envolvidos no movimento. Será que se o cerco  apertar poderemos contar com o Silvério, com o Pamplona, com o Maniti e o Malheiros? Cada um tem interesses próprios, dá para perceber nas reuniões !
- Quanto a isso, penso eu, nada podemos fazer caro capitão, a não ser com a vigilância dos demais sobre eles e com o silêncio até o ‘dia do batizado’ (senha combinada para o início do levante, isto é, quando o governador da Capitania desse a ordem final para a cobrança da Derrama). Mas não me agrada a falação aberta do Tiradentes sobre o levante, conclamando Deus e o mundo para a luta armada que se seguirá. Ele está a por o baraço no próprio pescoço e no pescoço dos demais envolvidos!
- Ele é um entusiasta, doutor, eu o conheço bem! Não vai ficar calado nem que o amarrem. Mas o senhor tem razão quanto à prudência nesses casos. Poucas vezes saí das Gerais, mas sei do que ocorreu nas ex-colônias inglesas na América do Norte e o que está a acontecer na França. A coroa portuguesa não terá misericórdia se o levante daqui for descoberto! Vai fazer dele um exemplo para as demais capitanias e colônias ! Eu não confio no Pamplona nem no Malheiros.
- Há que se vigiar, capitão. Os geralistas (gentílico anterior a mineiro), porque nasceram nessas terras, têm com ela um vínculo natural e profundo. Muitos ainda falam somente o nhengatu (língua criada pelos padres jesuítas - mistura de português e tupi -, e que foi muito usada como língua geral até a vinda da Corte para o Brasil). Raízes que pretendem manter para seus descendentes. Eu mesmo não nasci na colônia, mas a amo mais que a Portugal ...
- Mesmo entre os geralistas há os que vacilam. Muitos sabem da guerra dos emboadas, da insurreição de Felipe dos Santos e do morro da queimada, do morticínio dos índios e da perseguição aos quilombolas, principalmente do fim do quilombo do Campo Grande. Há medo no ar e cheiro de morte, Dr. Tomaz. Muitos se preocupam com suas famílias, parentes e amigos, filhos e filhas, mães ...
- Já combinamos negar tudo, capitão, caso haja delação da conjura. Se a negação conjunta não funcionar, os cabeças deverão minimizar o assunto e dizer serem conversas de tabernas, ocas e sem propósito, assuntos de gente bêbada, ... Ainda assim há risco, pois o governador pode não aceitar e determinar investigações, se já não o está a fazer... Aqui é o estopim, caro capitão, mas Pernambuco, Bahia, Rio e mesmo São Paulo estão a esperar os acontecimentos iniciais a partir daqui!
- Há sempre um alto preço a se pagar pela liberdade, Dr. Gonzaga. Os que como eu, aqui nasceram e cresceram estão cansados de trabalhar e pagar impostos tão altos, e sem direito sequer a produzirem aqui o que precisam ... nem mesmo sal ou tecidos comuns ... Comprar de Portugal o que os ingleses produzem é o fim!
- Volte para sua fazenda, capitão, e em suas andanças fique atento a qualquer movimentação estranha ou conversa suspeita. Envie um alerta indireto em poucas linhas, e através de um mensageiro de sua confiança, endereçado a mim ou ao Dr. Cláudio Manoel. Por agora, vou arejar um pouco conversando com minha noiva, minha doce Marília !
Sociólogo e editor do blog http://animalsapiens.blogs.sapo.pt/
* Transcopiado de: www.antijornalismo.blogspot.com.br - Ana Cláudia Vargas
publicado por animalsapiens às 16:05

17
Nov 12
publicado por animalsapiens às 00:10

27
Out 12
 
 

 

     
 

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Minas Gerais - história

 

 

Riquezas:

Por onde anda o ouro de Minas?

Boa parte desse ouro e pedras saiu de Sabará e Vila Rica (hoje Ouro Preto),

mas também de outras Vilas, como São João Del Rei e Diamantina.

Por Paulo Roberto Santos*

De Divinópolis-MG

Para Via Fanzine

27/10/2012

 

 

Escravos com suas bateia garimpam o ouro de Minas Gerais, que se espalhou por outras terras.

 

Muita gente se pergunta por onde anda o ouro de Serra Pelada, no Pará, onde existiu um verdadeiro formigueiro humano e de repente não se fala mais no assunto. Outros se perguntam por onde anda a prata das minas de Potosi, na Bolívia, outro formigueiro humano de tempos idos e sobre o qual quase não se fala. E as riquezas dos Incas, dos Astecas e dos Maias?

 

A Capitania de Minas Gerais forneceu, principalmente na primeira metade do século XVIII, uma quantidade imensa de ouro e pedras preciosas que eram levadas para a metrópole portuguesa, contrabandeadas para França e Holanda, e sabe-se lá para que outros lugares, quando os galeões não eram atacados por piratas espanhóis, franceses ou holandeses ou por corsários ingleses.

 

Boa parte desse ouro e pedras saiu de Sabará e Vila Rica (hoje Ouro Preto), mas também de outras Vilas, como São João Del Rei e Diamantina. Às arrobas eram levadas por naus de guerra para Portugal, de onde iam quase diretamente para a Inglaterra, em pagamento das manufaturas que a Corte não produzia, mas consumia em larga escala.

 

Com o ouro das Gerais e parte da prata de Potosi a Inglaterra fez a sua revolução industrial. Juntando as riquezas extraídas de suas colônias e os créditos, a Inglaterra se fez a primeira na onda das revoluções industriais, seguida pelos Estados Unidos e outros países europeus. Tudo com base nessa economia baseada no saque e na depredação de outras terras. As mesmas que até hoje tentam se erguer pelo atraso produzido pela revolução industrial tardia, como ocorreu na Argentina, no Brasil e no Chile, além de alguns países asiáticos.

 

 

Potosi: prata retirada e enviada à Europa.

 

Mas, quem ainda mais sofre com isso são os países africanos. Perderam riquezas naturais e gente levada para outras terras como escravos para o trabalho nos engenhos de açúcar, nos garimpos, na lavoura, nos serviços sujos e perigosos e até para as guerras em troca de alforria, como na guerra contra o Paraguai e na Guerra de Sessessão, nos Estados Unidos, ambas ocorridas na década de 1860.

 

O ouro das Gerais, principalmente, lastreou o luxo da corte portuguesa no século XVIII. Nem mesmo o Marquês de Pombal, um déspota esclarecido, conseguiu fazer a Corte entender que era preciso mais autonomia para a nação, e que não se podia sempre comprar dos outros (da Inglaterra, no caso), pelo alto risco de dependência econômica daí advinda.

 

A Capitania das Minas Gerais esgotou-se pouco a pouco, junto com a paciência dos naturais, até que sedições e conspirações de brancos, índios e escravos começaram a nascer. O século XIX viu o país receber toda a Corte portuguesa de uma só vez (1808); talvez no que foi a maior migração forçada de uma elite em toda a história conhecida, pois cerca de quinze mil portugueses desembarcaram por aqui, apossando-se em definitivo do país. Os clãs políticos que ainda hoje temos são, em sua maioria, descendentes desses fugitivos das tropas de Napoleão Bonaparte.

 

Minas assentou-se em suas tradições e costumes, em seu catolicismo popular, santeiro, tornando-se um estado por onde a política vai e vem, em sua mistura de cores e crenças. Qualquer mineiro atento encontra um pedaço de sua história num raio de cem quilômetros, mas o ouro se foi e não faz falta. O que ficou é resto daquele que fez a Revolução Industrial inglesa. Falta-nos agora uma revolução cultural, que restabeleça um passado coerente e projete um futuro; uma história mais completa. Uma história com menos celebridades e com mais participação popular, como de fato aconteceu.

 

* Paulo Roberto Santos é professor e sociólogo, seu blog é http://animalsapiens.blogs.sapo.pt/.

 

-Fotos: Wikipedia.

 

- Extra:

   Leia outros artigos de Paulo Roberto Santos

 

 

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publicado por animalsapiens às 13:47

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19
Out 12

Minas & Gerais

 

Arte mineira:

No jardim das esculturas

Ricardo Costa: um artista reinventando no interior de Minas.

 

Por Ana Claudia Vargas *

Dores do Indaiá-MG

Para Via Fanzine

17/10/2012

 

 

Ricardo Costa e uma de suas obras em pedra bruta.

 

Cenário cerrado

 

O centro-oeste mineiro é uma região de poucas árvores frondosas, vastos campos áridos, açudes, córregos e horizontes de cores que oscilam entre o verde musgo e o azul acinzentado. Também há por aqui muitos cupinzeiros e apesar da ausência das grandes árvores, há (ainda) muitas outras de porte médio, como os ipês, aquelas espécies aparentemente feiosas, de galhos retorcidos e cascas grossas como é, por exemplo, o araticum, árvore que produz um fruto saboroso e muito apreciado por estas bandas.

 

É uma paisagem de savana – naturalmente seca –, mas apesar ou justamente por isso, trata-se de uma região fértil em espécies rasteiras (gramíneas e arbustos) e a biodiversidade destes campos é constantemente alardeada pelos biólogos e demais conhecedores da natureza.

 

E por aqui há ainda o verdete, um tipo de rocha rica em potássio, de belíssima coloração esverdeada – como o nome sugere - que aparece, inesperadamente, para alegria daqueles que apreciam esses verdadeiros ‘presentes’ da natureza, sobre os rochedos e as muitas estradinhas que quase sempre, terminam em córregos e vales.

 

Assim, depois de caminhar pelos campos de árvores baixas e retorcidas, a gente pode encontrar depois de uma curva, atrás de um jacarandá (outra árvore comum por aqui) ou de um angico, uma estrada toda esverdeada e isso é algo que ilumina a paisagem, o dia e a vida, enfim.

 

Mas, como diria o poeta, ‘é preciso ter olhos de ver’ para apreciar a beleza seca, retorcida e esverdeada desses campos, dessas árvores e desses horizontes azuis acinzentados; e o escultor Ricardo Costa, um artista que nasceu na região, sempre teve desde muito cedo, estes raros ‘olhos de ver’.

 

 

Monalisa de Ricardo Costa aprecia refrigerante.

 

Pescarias imaginárias

 

Foi ainda na infância, quando morava numa fazenda, que o menino Ricardo começou a enxergar as belezas locais. Ele conta que desde sempre gostava muito de desenhar vacas, bois e ‘tudo mais’ com carvão, o material mais fácil de encontrar porque aqui ainda há, nas casas da cidade e nas roças, muitos fogões de lenha, daí a presença farta de carvão.

 

Pode-se dizer, portanto, que foi assim que tudo começou e por tudo entenda-se uma carreira que hoje é feita a partir do manuseio de outras matérias primas, digamos, mais refinadas, como a argila, a madeira e claro, o precioso e tão bonito, verdete.

 

Ricardo Costa, como todo bom mineiro, não é de falar muito; e como todo artista que se preze é um eterno curioso e observador nato. Diversificou de tal forma sua arte e em seu ateliê, há oratórios e esculturas de tamanhos variados. São muitos santos, madonas, escravos, medusas, gárgulas, profetas e até um soldado romano em tamanho natural, até telas nas quais retrata a paisagem tipicamente interiorana da cidade na qual vive, Dores do Indaiá, com aproximadamente 13 mil habitantes e situada a 250 km de Belo Horizonte.

 

 

Algumas esculturas de Ricardo Costa.

 

Suas paisagens compõem praças bucólicas, festas populares, estradas que se perdem entre arvorezinhas. As ruas simplórias e as pessoas que também fazem parte de um cenário tão tipicamente mineiro, como o vendedor de picolé, que já deixou de existir, mas está devidamente registrado em sua pintura, expressa por sua visão única, uma imagem toda especial e memorável. E, por falar em visão única, Ricardo também faz uma releitura pós-moderna do ícone de Da Vinci, a Monalisa, segurando graciosamente, uma Coca- Cola e isso é bem perturbador como a arte deve ser.

 

Admirador confesso de Caravaggio – ele foi à exposição que esteve antes na Casa Fiat, em Belo Horizonte –, Michelangelo e Aleijadinho, Ricardo nos oferece uma visão artística renovada, colorida e singular que se fragmenta em entalhes, corpos e rostos de santos. Dilui-se na pedra que compõe as faces de anjos e profetas; desliza nos pinceis que eternizam a geografia cotidiana e quase recatada da região, os morros, as pessoas e as praças. E por fim, representa, sobretudo,  de maneira  luminosa, os muitos modos de viver das gentes e porque não, das árvores, matas e córregos desse tão bonito cerrado mineiro.

 

 

O criador e as suas criaturas.

 

Quando perguntado o que seria a ‘arte’ para ele – essa pergunta inútil e reconheço: clichê –, ele diz que é como se estivesse em uma pescaria: é preciso silêncio e concentração quando está esculpindo ou pintando; é preciso se ‘esquecer da vida’ para que seja possível retornar, depois, com o resultado de sua ‘pescaria imaginária’.

 

E para nós que estamos na superfície, a impressão é exatamente esta: é como se após um mergulho em águas esverdeadas e profundas, ele retornasse com suas tantas e variadas preciosidades.

 

* Ana Claudia Vargas é jornalista e colaboradora de Via Fanzine.

   Seu blog é http://antijornalismo.blogspot.com.br.

 

- Fotos: Arquivo de Ricardo Costa.

 

Extra:

Visite o portal oficial de Ricardo Costa

 

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publicado por animalsapiens às 11:59

18
Out 12

http://antijornalismo.blogspot.com.br/2012/05/e-minas-uma-cronica-desenredada.html

 

publicado por animalsapiens às 13:36

14
Out 12

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Seção “Geraes de Minas”

 

“Minas principia de dentro para fora e do céu para o chão...” (Guimarães Rosa no conto “Minha Gente’, do  livro “Sagarana”)

Foi assim: de tanto ler aqui e ali, bobagens sobre Minas Gerais, de tanto conversar com amigos sobre o que viria a ser as “Minas Gerais” – para além das chatíssimas propagandas turísticas, dos comerciais mostrando as mesmas imagens¹ (Ouro Preto, “Beagá”, montanhas, Inhotim, gente de chapéu de palha ou aquela falsa modernidade de prédios espelhados que se vê de Uberaba a Divinópolis), para muito além das mais chatíssimas ainda notas sociais que ainda existem nos jornalões mineiros² (fulano de sobrenome X que casou com sicrana de sobrenome Y; sicrana que voltou da Europa e abre um negócio no  bairro X; aquelas tentativas frustradas (felizmente) de fazer com que o jeito ‘mineiro’ se molde ao que Rio e São Paulo esperam (vocês pensam que isso é bobagem mas não é não!), para além, enfim, do que existe de Minas na  velha imprensa que pertence às famílias X e Y, aquelas que não tem nenhum interesse em mostrar as histórias e estórias de uma Minas que existe – e resiste – nas ruas empoeiradas, nos sotaques carregados, no jeito de viver, enfim, dessas pessoas que moram nos lugares mais distantes (ou não), que ainda exercem profissões que já se extinguiram; alguns, os mais velhos, aqueles que sequer leem jornais porque  na maioria das vezes, não puderam aprender a ler – quanta gente assim ainda há em Minas – e por aí afora.

E, em meio a tudo isso, outra Minas há muito já deu o ar de sua (des?)graça: é aquela pós-moderna (um termo inadequado mas necessário), aquela que vivencia os efeitos da tal globalização e é formada por milhares de jovens que são filhos e netos da ‘geração das profissões em fase de extinção’ (os marceneiros – como meu pai – os alfaiates, as costureiras e quitandeiras...); são jovens que, apesar da (alardeada?) facilidade de se continuar os estudos e melhorar de vida  ainda não tem acesso (por razões variadas e específicas) a uma vida melhor do que a que tiveram seus pais e avós.  

Muitos deles sonham em ir para os EUA ou para a Bélgica (agora parece ser o ‘país da vez’) para fazer faxina  ou o que quer que seja.³ Eu sempre me identifiquei muito com a história dos que não terão sua história contada em lugar nenhum: nunca me reconheci – nem a nenhum dos meus – quando lia (leio) o que a imprensa mineira publicava (e claro: continua publicando), mas para além das minhas muitas limitações teóricas para tratar de temas que poderiam ‘explicar’ porque as coisas em Minas são dessa forma (e agora me vem à cabeça a imagem do Aécio Neves cutucando a presidenta Dilma com aquelas bobagens que ele sabe dizer tão bem sobre ‘ser mineiro’, como se ele soubesse o que vem a ser isso...é irônico); nessa seção eu espero poder colocar textos, fotos, notícias  da ‘outra’ Minas Gerais, aquela que se parece mais com a que eu gosto e cresci admirando, aquela que é feita de uma simplicidade que não exclui a busca por outros modos de pensar (para além dos academicismos ou das visões superficiais), aquela que é feita por gente de todas as classes, gente que não faz nenhuma questão de se dizer dessa ou daquela família, desse ou daquele sobrenome e/ou partido político e por aí afora.

Para terminar: sua leitura, comentário e contribuição será muitíssimo bem vinda! Peço que perdoe a confusão do texto acima, com o tempo eu espero ir afinando as muitas ideias que gostaria de discutir aqui.

[...]


www.antijornalismo.blogspot.com.br - por Ana Cláudia Vargas

publicado por animalsapiens às 13:21

03
Out 12

 

'A linguagem das pedras nos corações dos homens' - Com a qualidade jornalística  Via Fanzine

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Quilombo do Rei Ambrósio

 

Resistência negra:

Um reino africano no Centro de Minas? - Parte 2

No início do século XVIII, surgiu mais ou menos na região centro-oeste da então

Capitania de Minas Gerais, uma confederação de quilombos que, no conjunto,

passou a ser conhecida como Quilombo do Rei Ambrósio, ou do Campo Grande.

 

Por Paulo Roberto Santos*

De Divinópolis-MG

Para Via Fanzine

06/09/2012

 

 

No interior de Minas, o povoado de Catumba, na região de Itaúna-MG ainda guarda vestígios da antiga presença de escravos.

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Por volta de 1760, com o fim da confederação dos quilombos espalhados do rio das Mortes ao Abaeté, e de Ibiá a Itaguara, presumíveis indicadores dos limites do quilombo do Rei Ambrósio (ou do Campo Grande), houve avanços de bandeirantes (grupos paramilitares ou milícias, acompanhadas por pessoas de todo o tipo, de aventureiros a saqueadores), em direção ao oeste de Minas.

 

Já havia pequenos povoados pela região, formados anteriormente pelos fugitivos da guerra dos emboabas, ocorrida algumas décadas antes, em 1708-09, com a derrota, fuga ou morte dos paulistas. Esse episódio deu causa à criação da Capitania de Minas Gerais, fazendo os paulistas se voltarem mais para regiões interioranas e em direção ao atual Paraguai e Mato Grosso.

 

Enquanto isso, nas Gerais, o ouro escasseava rapidamente. A Coroa portuguesa precisava dos recursos das colônias para quitar suas dívidas para com a Inglaterra, e para os manufaturados que até então - já com a nascente revolução industrial -, ainda não produzia.

 

É nesse contexto de empobrecimento rápido e generalizado que negros forros, fugitivos, remanescentes de etnias nativas, brancos pobres ou ricos naturais, vão se defrontar com um episódio de truculência e arbítrio que ficou conhecido como a Conjuração Mineira. A conspiração que envolveu membros de todas as classes, clérigos inclusive e gente da região principalmente, mas também alguns portugueses, que tinha como propósito principal a libertação da Capitania de Minas do governo português.

 

Havia o apoio de paulistas e fluminenses, mas, principalmente, de baianos e pernambucanos. Os governos dos Estados Unidos, França e Inglaterra prometeram apoio e reconhecimento à nova nação. Se não houvesse a delação e prisão dos principais condutores do movimento, havendo sucesso, certamente, seria o estopim para as lutas de emancipação das demais Capitanias.

 

É preciso citar que, ao longo do século XVIII, dezenas de milhares de negros africanos foram trazidos para a Capitania de Minas Gerais, para o trabalho nas minas e em serviços diversos. Não se deve pensar nos negros africanos, principalmente nos sudaneses, como povos atrasados. Existiam reinos prósperos, que faziam comércio com a Índia e entre si. Os sudaneses, em sua maioria, falavam e escreviam em árabe, e trazidos ao Brasil eram, muitas vezes, mais alfabetizados que os seus senhores.

 

Conhecedores da metalurgia, da pecuária, de plantas medicinais, de práticas de cura ancestrais, das artes da guerra e da paz, quando era o caso, os africanos eram superiores aos indígenas, que ainda viviam na idade da pedra polida, da cerâmica, da caça, pesca e coleta. Por essa razão foram substituídos na mão de obra ao longo dos séculos.

 

 

Entre os vestígios deixados pelos escravos estão valas cavadas e também muros feitos de pedras da região.

 

Redutos remanescentes

 

Da confederação de quilombos que constituiu o reino do Rei Ambrósio, restou uma quantidade imensa de redutos remanescentes que lutam, até hoje, pelo reconhecimento de suas terras, cobiçadas por fazendeiros que ainda os veem como mão de obra barata, quando não ainda como escravos. Aos poucos, o atual Governo Federal vem resolvendo essas demandas em favor dos quilombolas, não sem a resistência dos latifundiários.

 

O quilombo se foi, mas sua influência ficou até hoje. A culinária mineira cheira a improviso. Além disso, o uso do fubá de milho, da farinha de mandioca e do polvilho, deu novos pratos à cultura nacional. Quem nunca ouviu falar, ou já experimentou, o pão de queijo, resultado da escassez de trigo naqueles tempos idos, e a invenção do queijo mineiro, feito com leite cru?

 

No linguajar, em Minas como em todo o Brasil, ficamos com os adjetivos carinhosos aprendidos com as negras que cuidavam e davam seu próprio leite aos filhos dos senhores: benzinho, amorzinho… E tantas outras expressões de carinho hoje tão comuns.

 

Com a chegada ao Brasil da família real portuguesa, em 1808, fugindo das tropas de Napoleão Bonaparte, o país passa a ter o português como língua obrigatória, fazendo com que o nhengatu (fala boa, em tupi) fosse aos poucos abandonado. Essa língua, criada pela inventividade dos padres jesuítas do século XVI, numa mistura de tupi com português, foi a língua comum por mais de dois séculos. Foi também usada pelos bandeirantes - em sua maioria, mameluca, e não branca, como divulgado por décadas na historiografia oficial.

 

Um pouco desse linguajar arcaico reaparece nas obras do escritor mineiro Guimarães Rosa, em todas as suas obras, mas particularmente no “Grande Sertão: Veredas” e em “Sagarana”. Um português - ou talvez seja melhor dizer, mineirês -, que dificilmente será entendido pelas gerações futuras, perdendo-se, assim, uma das maiores belezas literárias do país.

 

Controvérsias, lacunas, dúvidas e incertezas à parte, eis uma página de grande interesse da história de Minas Gerais, e que vem sendo, lentamente, reconstituída por profissionais e amadores.

 

- Clique aqui para voltar a parte 1

 

* Paulo Roberto Santos é professor e sociólogo, seu blog é http://animalsapiens.blogs.sapo.pt/.

 

-Fotos: Charles AquinoIshimoto / Itaúna em Décadas.

 

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- Extras: 

   Algumas sugestões de leitura:  

- BARRETO, Lázaro. Memorial do Desterro. Divinópolis, Diocese de Divinópolis, 1995.

- FIÚZA, Rubens. Do São Francisco ao Indaiá. Juiz de Fora, Liberdade Livraria, 2003.

- Disponíveis em MG Quilombo.

- Viste o portal MG Quilombo

    Vídeo - entrevista com o professor Félix Rodrigues (RTP/Portugal).

   Açores: encontradas sepulturas de 2 mil anos (TVI/Portugal).

 

- Outros tópicos relacionados:  

   Tesouro é achado em local de batalha dos cruzados

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   Você sabe o que é Arqueologia? - Por Paulo R. Santos

   Fonte Magna - a herança dos sumérios ao Novo Mundo

   Brasil Central: pés e círculos impressos na rocha são alguns vestígios

   Cerâmicas précolombianas: descoberta arqueológica em Itaúna-MG

   Escócia: descoberto túmulo que refaz a história

   J.A. Fonseca registra mais um muro de pedra em Itaúna

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   Estranhos signos na arte rupestre do Brasil

   Questões não respondidas do Brasil Antigo - Parte 1

   Questões não respondidas do Brasil Antigo - Parte 2

   Fonseca visita os Muros da Mata da Onça VÍDEO

  As inexplicáveis 'construções' de Paraúna (GO)

   Pedra do Ingá: a tese de Baraldi e a conclusão desse autor

  Visite o portal oficial de Gabriele Baraldi

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publicado por animalsapiens às 15:05

06
Set 12

 

 

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Quilombo do Rei Ambrósio

 

Resistência negra:

Um reino africano no Centro de Minas?

No início do século XVIII, surgiu mais ou menos na região centro-oeste da então

Capitania de Minas Gerais, uma confederação de quilombos que, no conjunto,

passou a ser conhecida como Quilombo do Rei Ambrósio, ou do Campo Grande.

 

Por Paulo Roberto Santos*

De Divinópolis-MG

Para Via Fanzine

06/09/2012

 

 

O povoado de Catumba, famoso reduto da cultura negra no Centro Oeste de Minas Gerais ainda guarda

restos de construções feitas pelos escravos. Seriam vestígios do grande Quilombo do Rei Ambrósio?

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Heróis fora da história


Existem muitas lacunas e distorções na historiografia brasileira. Há excesso de heróis e escassez de povo, de gente simples, daqueles que participaram efetivamente da construção desse país, nem que seja como vítimas das atrocidades praticadas pelos eventuais e momentâneos donos do poder.

 

Só recentemente dois heróis foram acrescentados ao panteão brasileiro, para representar as três raças que compõem nosso povo. Além do branco Tiradentes, já temos o indígena da resistência guarani, Sepé Tiaraju, e o negro quilombola Zumbi de Palmares. Mas ainda falta muito para uma história menos incompleta.

 

No início do século XVIII, começou a surgir mais ou menos na região centro-oeste da então Capitania de Minas Gerais, uma confederação de quilombos que, no conjunto, passou a ser conhecida como Quilombo do Rei Ambrósio, ou do Campo Grande.

 

Seu perímetro exato é desconhecido, mas há indícios que ia do Rio das Mortes (perto de São João Del Rei), passando por onde hoje é Itaguara (às margens da BR-381, MG-SP), em direção a Abaeté, seguindo para Ibiá, Campo Belo e com sede mais duradoura onde hoje fica a cidade de Cristais.

 

Quilombo do Rei Ambrósio

 

Nesse complexo conjunto de aldeias confederadas viviam e conviviam os quilombolas (negros escravos fugidos), indígenas de várias etnias, brancos pobres, garimpeiros, comerciantes falidos, perseguidos de todos os tipos, formando uma população heterogênea e fixa de vários milhares de homens, mulheres, crianças, idosos. Faziam comércio com os tropeiros, garimpavam e trocavam o outro e pedras por armas e munições, sal, tecidos, charque e tudo o mais que precisassem, vivendo de forma autônoma por meio de agricultura de subsistência, com o eventual excedente sendo também objeto de troca.

 

Claro que a formação de um reino dessa natureza bem no centro de uma das principais fontes de riqueza da Corte portuguesa não interessava. Por isso, sucessivos ataques de tropas reinóis e de mercenários ocorreram, sendo vencidas pelos quilombolas. O interesse da Corte pelo Sertão da Farinha Podre (atual Triângulo Mineiro) era grande, pelas possibilidades de riquezas, trânsito para regiões mais interioranas e controle das terras de Goiás. O Triângulo pertencia a Goiás naqueles tempos, e por isso havia uma motivação também de política expansionista, além de controle sobre os territórios das minas.

 

Para se chegar aos propósitos do governador da Capitania das Gerais e da Corte, era preciso eliminar o quilombo do Rei Ambrósio e anexar à região do Triângulo. Com isso, as batalhas ocorridas em regiões mais centrais, próximas a Formiga, Itapecerica (então Vila do Tamanduá), Campo Belo e Cristais, por exemplo, eram registradas pelo então responsável por essas notas, Coronel Inácio Correia Pamplona (um dos principais delatores da Conjuração Mineira), como tendo ocorrido mais além, perto da região do sertão da Farinha Podre.

 

 

Mapa no Arquivo Nacional mostra detalhes do Quilombo do Rei Ambrósio, no interior de Minas.

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Abrangência da resistência negra

 

Os primeiros redutos quilombolas, formados a partir da Guerra dos Emboabas (1708-09), deram origem a essa grande confederação nos moldes dos reinos africanos, com um dos líderes, Ambrósio, tendo dado seu nome ao conjunto. O fim do quilombo se deu por volta de 1760, quando o bandeirante pitanguiense Bartolomeu Bueno do Prado, partiu com cerca de quatro mil homens bem armados (pelos padrões da época: armas de fogo e brancas, lanças, arco e flecha).

 

Num desses enfrentamentos quatro mil pares de orelhas negras foram postas em tonéis com salmoura, para serem entregues em Vila Rica, em troca do respectivo pagamento por cada morto. O quilombo resistiu até seu fim, seguido da dispersão, morte ou aprisionamento dos sobreviventes.

 

De qualquer forma, tais eventos não se perdem, mesmo quando são intencionalmente esquecidos pelos políticos, governantes ou historiadores. São muitas as lacunas, é verdade, pois os dados e informações são escassos. Boa parte dos documentos foi levada para São Paulo e para Portugal, ou simplesmente destruída, pelo que se sabe. Mas a tradição oral permaneceu e as histórias e estórias seguem seu curso, na visão de cada interpretador.

 

 

Restos de antigas construções podem ser vistos em Catumba.

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Traços herdados de tempos trágicos

 

Muitos consideram o mineiro um tipo arredio e desconfiado, muitas vezes confundindo esse traço herdado de uma longa história de lutas, como timidez.

 

É provável que, na linha de raciocínio do psicólogo suíço Jung, esses séculos de lutas contra as arbitrariedades e mentiras oficiais tenham formado um arquétipo que o mineiro carrega consigo desde o berço.

 

Formou-se um tipo negociador e conciliador, que procura evitar o confronto, pois está disposto a ir até o fim se este acontecer. Resultado dos muitos reveses acontecidos no passado.

 

O século XVIII na Capitania das Gerais foi um século especialmente trágico. Começou com a Guerra dos Emboadas, seguida pela revolta de Felipe dos Santos, as campanhas militares contra quilombolas e indígenas, exterminando os goitacás, abaetés, candidés, tamaraícas, caiapós e tantas outras etnias, seja pela espada ou pela doença trazida pelos brancos.

 

O século terminou com a delação, prisão, tortura e morte ou exílio para os envolvidos com a Conjuração Mineira, também chamada Inconfidência Mineira (1788-89).

 

Somos desestimulados a conhecer nossa história e nosso passado; nossas origens. Um povo sem consciência histórica é um povo sem referências ou conhecimentos do por que somos como somos e onde, como e por que precisamos mudar em alguma coisa. Sem conhecimento do passado, não nos situamos no presente e assim, fica difícil planejar ou vislumbrar o futuro.

 

O reino africano que existiu no Centro-oeste de Minas Gerais no século XVIII - equivalente ou talvez maior que o de Palmares -, levanta uma série de questões: porque se tenta apagar a história? Por que se torce os acontecimentos? Por que se omitem informações valiosas para as gerações mais novas? A quem interessa manter o povo na ignorância de suas próprias origens?

 

* Paulo Roberto Santos é professor e sociólogo, seu blog é http://animalsapiens.blogs.sapo.pt/.

 

-Fotos: Charles Aquino / Itaúna em Décadas e Arquivo Nacional.

 

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