Para falar de gente, de seres humanos, do bicho humano perfectível, apesar de tudo. Do Animal sapiens, mas a partir de agora do "Homo spiritualis", com sua fé e religiosidade muitas vezes confusa, gerando preconceitos, discriminações.

15
Out 13

Avançamos para o final do ano cientes que 2014 será um ano  complicado. Uma mistura de baixaria política, a Copa levando um dinheiro que deveria ser gasto em áreas sociais das quais a presidente Dilma se afastou ou se esqueceu, com o Estado controlado pelas corporações. Não é de se estranhar que muitos profetizem um ano de manifestações e de manifestações possivelmente com doses de violência.

 

O povo começa a perder a paciência com os jovens e adultos que cresceram protegidos pelo ECA e que usam e abusam de seus direitos, enquanto o chamado 'cidadão de bem' vive acuado diante de perigos vários. Tem medo dos marginais, mas não confia na polícia. O Governo pouco faz para reverter de fato toda essa situação de insegurança generalizada.

 

Se nada for feito em favor do povo, de suas necessidades e demandas, tudo pode acontecer... e certamente, as eleições do ano que vem trarão surpresas!

 

- por Paulo Santos

 

publicado por animalsapiens às 11:35

02
Nov 12

Não é pequeno o contingente dos que acreditam no fim do mundo, Juízo Final, fim dos tempos e outras expressões que se equivalem e valem por toda a extinção da vida na Terra. Mas não faltam aqueles que ainda insistem num mínimo de bom senso, e procuram restabelecer um entendimento mais racional das coisas, lembrando que a vida nesse planeta tem seus ritmos e ciclos, mais ou menos longos, que muitos povos do passado - os maias entre eles - desenvolveram calendários bastante precisos, indicando fatos astronômicos por acontecer, que coincidem com as cíclicas tempestades solares, por exemplo, e que afetam nosso planeta de algum modo.

 

Há quem acredite que no próximo 21 de dezembro o fim do mundo finalmente acontecerá. O que parece mais evidente nisso tudo é o fato de que o processo de barbárie, de descivilização, chegou a tal ponto que já existe, sim, uma verdadeira torcida para que tudo isso acabe, e logo! As formas de se expressarem são varidas e vão das profecias maias, de Nostradamus, à crise climática, terceira guerra mundial, a passagem de um imenso planeta pelo nosso sistema, o Apocalipse de João, a segunda vinda de Jesus para resgatar os 'puros', a vinda de naves extraterrestres para salvarem outro tipo de 'escolhidos' da morte certa, diante da destruição global.

 

Que uma catástrofe nuclear ou climática podem comprometer seriamente a vida na Terra, não há dúvida! Que há 'guerras e rumores de guerras' (como aparece no capítulo 24 do Evangelho de Mateus), idem. Que a humanidade desenvolveu uma imensa capacidade de autodestruição e uma certa tendência ao autoextermínio, também é fato. Mas existem outros que apostam num tipo de sociedade mais viável, numa vida humana mais solidária e cooperativa, mas que devem ser construídas. As minorias sempre fizeram a diferença ao longo da história. Vejamos o que vem por aí!

 

- por Paulo Santos

publicado por animalsapiens às 09:09

26
Out 12

O Estado é laico, mas as pessoas não são. É o que se houve como suposto argumento definitivo para justificar a presença das religiões nas decisões políticas. Porém, é preciso se perguntar até que ponto uma bancada religiosa pode influenciar nos resultados de temas que atingem toda uma população, partindo dos valores doutrinários de uma determinada crença ou grupo de crenças. Aborto e homossexualidade são temas religiosos, médicos ou políticos? Se reduzem a temas da bioética e da filosofia? Nos parece que não! Uma sociedade se estrutura sobre valores que as leis representam, e cabe ao Estado, como instância jurídico-administrativa, zelar pelo equilíbrio dos interesses através de legislação e fiscalização adequadas.

 

O púlpito ou a tribuna, o espaço religioso e da fé, podem ser convertidos em espaços de debates políticos? De campanhas em favor disso e contra aquilo, com base nas crenças e valores de determinada religião? A religião que predominar imporá seus valores pela legislação que ajudará a construir?

 

Todos os segmentos sociais podem encaminhar suas demandas e formar grupos de pressão para levá-las a análise em ambiente próprio. Mas isso deve ser feito pelos caminhos legais criados, isto é, pelos canais partidários, movimentos e mobilizações, sem que se partidarize a religião em si. É o que vem acontecendo no Brasil e pode representar perigo crescente para as eleições futuras. Muitos candidatos já sucumbiram às pressões religiosas e se apresentam em templos e igrejas com a mesma desenvoltura que teriam em um palanque armado numa praça. Os espaços, não apenas o público e o privado, o laico e o sagrado, estão se misturando, de modo a dificultar posicionamentos que equilibrem o convívio social, sem alimentar - ainda mais -, as animosidades, ressentimentos e intolerâncias já existentes.

 

A religião, enquanto instituição e criação humana, tem sido motivo mais de desavenças do que de convergências. Convém cuidado e cautela para que o Estado, encarregado da res publica, seja capaz de - através de nossos representantes - decidir da forma mais adequada para que a vida social exista sem fraturas e zonas de conflito geradas por leis inspiradas em doutrinas religiosas que podem ser boas para uns e não para todos.

 

- por Paulo Santos

 

publicado por animalsapiens às 18:41

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