Para falar de gente, de seres humanos, do bicho humano perfectível, apesar de tudo. Do Animal sapiens, mas a partir de agora do "Homo spiritualis", com sua fé e religiosidade muitas vezes confusa, gerando preconceitos, discriminações.

31
Jul 12

Muito além do ativismo de teclado

Curta ressalta o poder do cidadão comum. Mas argumenta que ele só é efetivo quando propõe, além de atitudes individuais, mudanças nas regras do jogo social

Por: Taís Capelini

Há anos, uma falsa contradição estorva a cultura política de autonomia que se desenvolve, por exemplo, nos Fóruns Sociais Mundiais. Ela superou o centralismo, segundo o qual liderar a luta por trasnformações sociais era tarefa para organizações estruturadas e hierárquicas (em especial, os partidos políticos). Mas, exatamente por ter enfrentado este obstáculo, ela valoriza exageradamente as opções e atitudes individuais. É como se só houvesse dois extremos: ou o dirigismo, no qual os desejos de mudança são controlados por uma elite que tende a se tornar autoritária; ou a fragmentação, que leva ao limite o “poder da base” e por isso rejeita todo tipo de ação coordenada.

Acaba de ser lançado um vídeo singelo e didático que busca uma alternativa para este dilema. Chama-se “A História da Mudança” (“Story of Change”). Tem legendas em português. Foi produzido pelos mesmos autores de “A História das Coisas” (“The Story of Stuff”), que se tornou viral e foi visto por mais de 15 milhões de pessoas. Sustenta que a mudança individual de atitude é sempre “um ótimo ponto de partida”. Mas provoca: este passo precisa ser seguido de outros, para que não se converta pode em “um péssimo ponto de chegada”. Isso significaria assumir o discurso do sistema capitalista, que insiste em transferir para os individuos, na forma de culpa, a responsabilidade por suas contradições e limites.


“A História da Mudança” tem estrutura formal muito simples. O argumento central é desenvolvido por uma apresentadora, que recorre, como apoio, a animação. A atriz, que se dirige primariamente ao público norte-americano, destaca a dualidade entre cidadãos e consumidores. Sustenta que nossa identidade de consumidores tornou-se tão arraigada que muitas vezes esquecemos do nosso papel de cidadãos e acreditamos no “marketing verde”. Não nega a importância de consumirmos conscientemente (optar por produtos sem químicos tóxicos e embalagens desnecessárias, feitas por empresas de base local e que não desrespeitam os direitos dos trabalhadores, por exemplo). Mas chama atenção para o poder que está para da escolha de produtos: na definição de que tipo de políticas — ou seja, de regras do jogo social — queremos.

O curta faz um rápido retrospecto de movimentos sociais de transformação bem-sucedidos: a luta pelos direitos civis nos EUA, liderado por Martin Luther King; o anti-apartheid na África, simbolizado por Nelson Mandela; e a independência da Índia, por Mahatma Gandhi. Em todos esses movimentos, vê três etapas comuns. Primeiro, o desenvolvimento de uma idéia de como as coisas podem mudar (tornando-se “não um pouco melhores para alguns, mas muito melhores para todos”). Em seguida, vem o pensar no coletivo (ao invés de “eu vou melhorar minhas escolhas individuais”, “nós vamos trabalhar juntos para resolver o problema”) e o comprometimento em agir juntos. Por fim, lembra da necessidade de compartilhar e comunicar essas ideias, para fortalecer o movimento de mudança.

O vídeo é otimista. Lembra que milhões de pessoas, no mundo inteiro, compartilham o ideal de uma produção baseada nas necessidades sociais e do planeta —  não uma economia refém dos lucros das empresas. Chama atenção também para o fato de atualmente a comunicação ser muito mais veloz e abrangente (diferentemente da época em que os movimentos citados se desenvolveram). Sugere que se compartilharmos ideias e trabalharmos juntos, exercendo nosso papel de cidadãos, podemos alcançar uma mudança maior e mais ousada do que a que poderia ser levada a cabo como simples consumidores.

A “História das Coisas” (The Story of Stuff), projeto de que “A História da Mudança” faz parte, foi idealizado por Annie Leonard e alguns amigos que trabalhavam juntos e decidiram desenvolver um primeiro curta sobre a produção focada no lucro. Destacando como tal lógica afeta diferentes sociedades, culturas, meio ambiente e se mostra limitada.

Hoje, “Story of Stuff” é uma organização não-governamental que visa desenvolver materais de comunicação que tornem popular a compreensão das lógicas capitalistas e de como ultraupassá-las. Para ajudar a escrever mais um capítulo da “História das Coisas”, e saber como poder contribuir para a “História da Mudança”, faça o teste e saiba como e ir além.

Para saber mais:

Site Oficial: http://www.storyofstuff.org/ (em inglês)

Página no Facebook: https://www.facebook.com/storyofstuff (em inglês)

Outras histórias do projeto  “Story of Stuff”:
-A História das Coisas: http://www.youtube.com/watch?v=3c88_Z0FF4k
-A História da Água Engarrafada: http://www.youtube.com/watch?v=AM9G7RtXlFQ
-A História dos Cosméticos: http://www.youtube.com/watch?v=rLm86zoXALM&feature=related
-A História dos Eletrônicos: http://www.youtube.com/watch?v=EcPz7QFYjWY&feature=related
-A História da Crise Financeira: http://www.youtube.com/watch?v=gO90Be0FH5E
-A História dos Cidadãos Unidos vs FEC: http://www.youtube.com/watch?v=jY5-zio3mj0
-A História do Cap & Trade: http://www.youtube.com/watch?v=IPS5jTwo1Tk

publicado por animalsapiens às 11:57

28
Jul 12

A pergunta pode parecer fora de propósito, mas não é. Liberdade para fazer o que se quer ou o que se deve? Ser livre é poder fazer tudo que se quer? Quais os limites da liberdade? Há limites para a liberdade? Daria para enfileirar um série de questionamentos sobre a liberdade, mas esses já são suficientes para se pensar, e não pretendo ter respostas para essas questões. Mas uma coisa é certa, ser prisioneiro do medo é a mais terrível privação de liberdade, mesmo andando livremente pelas ruas de qualquer cidade.

 

Hoje, mais que em qualquer outra época da história humana, somos prisioneiros do medo, e o medo manda. Criamos uma sociedade onde quem sabe manipular o medo individual ou coletivo, tem o poder. Esse medo líquido, conforme diz o sociólogo Bauman, que traz a desconfiança, a incerteza, a insegurança, o medo do outro só por ser outro, o não-eu. Mas, e nos casos em que a pessoa tem medo de si mesma?

 

Hora de redescobrir ou reinventar a liberdade, fora dos parâmetros impostos pela moral vigente. Sair do rebanho ... talvez por aí se encontre ou se invente a liberdade.

publicado por animalsapiens às 12:21

27
Jul 12

Ditos (46)

Quadragésimo sexto dito. Feudalizamos os nossos territórios de conhecimento social, cada território com um nome pomposo, uma exigência identitária, uma metodologia de exclusão de outros territórios de conhecimento. Menos do que prova de conhecimento do social, isso mostra que estamos perante a sua privação. Por trás de cada castelo feudal epistemológico, de cada aldeia cognitiva, está a ausência da cidade social. Quanto mais compartimentamos, mais desconhecemos.
(continua)


http://oficinadesociologia.blogspot.com.br/

publicado por animalsapiens às 12:34

25
Jul 12

Em meio a greves, preparativos para a Copa de 2014 e a uma violência crescente, a população assiste, perplexa, a condenação de um senador da república, que depois de cassado retoma seu cargo de procurador no estado de origem. O cidadão comum se pergunta sobre como funciona a justiça entrelaçada a leis que garantem privilégios para uns e prejuízos para a maioria.

 

É nesse caldo de desconfiança e desinteresse que devem acontecer as eleições para prefeitos e vereadores, isto é, sem nenhuma esperança de mudanças qualitativas. O baixo nível cultural da maioria dos candidatos é de estarrecer, os oportunistas de plantão e os carreiristas estão a postos. Nem mesmo nos tempos da ditadura tivemos parlamentares com tão baixo nível ético e intelectual, como nesses tempos de suposta democracia.

publicado por animalsapiens às 12:50

22
Jul 12

A página em branco!

by Antonio Ozaí da Silva

Uma página em branco, o que escrever? Antes, era a folha e a dificuldade da ideia inicial, da palavra, da frase que desse sentido e facilitasse a abertura das comportas para a reflexão escrita. As tentativas, o amassar e jogar o papel fora. O primeiro livro que escrevi foi escrito em papel e datilogafrado; alguns dos trabalhos na graduação também. Minha irmã ajudou-me muito. Ela era mais avançada e tinha uma máquina de datilografar eletrônica e eu ficava admirado com a rapidez que datilografava. Ainda hoje, sou grato.

Recordo do tempo da graduação, quando não havia as facilidades do computador. Meu primeiro trabalho acadêmico foi entregue por escrito. Talvez a professora tenha encontrado dificuldades em decifrar a minha caligrafia; talvez ela preferisse datilografado. Logo depois, ela me presenteou com uma máquina datilográfica portátil. Na verdade, quase não usei, pois não tinha a destreza necessária para datilografar.

Quando iniciei o mestrado ainda não tinha computador, as minhas condições econômicas não permitiam. Depois, consegui adquirir um PC que, na época, era top de linha. HD de 1.2 GB, Windows 95, acesso discado à internet, memória 16 MB. Tecnologia avançada! Nunca precisei levar à manutenção, mas logo se tornou obsoleto. O desenvolvimento tecnológico é incrível. Fico admirado com os recursos disponíveis na atualidade, mas também com a rapidez como os produtos tornam-se inúteis, peças de museu, lixo tecnológico. Sou de um tempo em que a TV era de válvulas – era preciso esperar esquentar para as imagens ficarem nítidas –, de uma época em que o chique era usar um bip, da máquina de datilografia mecânica, da máquina de fotografia com filmes de 12, 24 ou 36 poses – que exigia saber utilizar bem, tirar as fotos necessárias, especiais –, do tempo do toca-discos e LP de vinil. Como as coisas mudaram! Que bom viver a era da banda larga e poder usufruir de todos os recursos que a Internet possibilita; sou feliz por estar vivo no tempo da TV Digital, dos filmes disponíveis na rede, da música em MP3, etc.

As novas tecnologias transformaram o mundo, as sociedades, as relações humanas. Se compararmos com o passado recente, estamos diante do admirável mundo novo! Não obstante, o mundo novo prometido pela revolução tecnologia não está disponível para todos; a maioria permanece excluída. Os reais benefícios da nova era não estão ao alcance de todos. Por outro lado, a tecnologia oferece meios para maior controle dos selvagens, ao mesmo tempo em que mantém os civilizados alienados em seus mundinhos e espaços virtuais.

Por maior que sejam as possibilidades oferecidas pelo avanço da tecnologia, os dilemas essenciais da condição humana permanecem os mesmos. O computador mais moderno não substitui a criatividade, a razão e os sentimentos humanos. O melhor programa da Microsoft ou Linux não geram textos sem a intervenção humana. O acesso à melhor tecnologia não transforma ninguém em escritor. Entre a primeira letra e o ponto final, o primeiro caractere e o último, é preciso o raciocínio e habilidade humana para se comunicar pela escrita. Ninguém se torna bom escritor apenas por ter caneta e cadernos volumosos com folhas em branco ou possuir o computador de última geração. A tecnologia é apenas um instrumento. Enquanto tal, os usos e abusos podem ser vários. De qualquer forma, é preciso aprender a usá-la. No que diz respeito à escrita, é necessário ter a capacidade de superar a postura consumista e reprodutora de informações. É preciso ter o que comunicar e saber fazê-lo. Escrever é mais do que juntar palavras, ainda que a internet facilite o copiar, colar, editar e, até mesmo, o auto-plágio. A página em branco continua sendo uma página em branco!

Antonio Ozaí da Silva | 21/07/2012 em 22:30 | Categorias: reflexões do quotidiano | URL: http://wp.me/pDZ7T-uX

 

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publicado por animalsapiens às 13:42

21
Jul 12
publicado por animalsapiens às 01:42

19
Jul 12

por Paulo R. Santos

 

É enorme a quantidade de textos atribuídos a personalidades famosas, e que circulam apocrifamente pelo WEB. Muitos, sem dúvida, escrevem alguma coisa e assinam com algum nome conhecido do público. Outros simplesmente transcrevem e põem o nome que lhes vier à mente, desde que dê alguma autoridade e identidade ao texto.

 

Não é fácil separar o falso do verdadeiro já que a quantidade de material que circula na rede mundial é imensurável. Mais difícil se torna quando alguns desavisados misturam textos de autores diversos, renomados em certos casos, e atribuem a um terceiro, o que complica ainda mais a autenticidade.

 

Apelos emocionais também não faltam. Imagens de crianças supostamente doentes ou desaparecidas circulam há anos! Pouca gente se dá conta de que - ao repassar sem critério -, ajuda a entupir a caixa postal dos destinatários, além de desestimular a leitura dos textos relevantes nesse país de poucos leitores. Além disso se esquecem, ou não sabem, que existem programas por aí que capturam tudo que estiver antes e depois de um @.

 

A confusão aumenta quando vemos textos claramente recentes, com teor de autoajuda, atribuídos a Shakespeare, um renascentista. Existe até uma dieta de Chico Xavier (além de muitos textos atribuídos a ele que mais psicografava do que escrevia as próprias ideias). Perdi a conta do que já me chegou como sendo do poeta português Fernando Pessoa.

 

Enfim, artigos ou qualquer material que circule pela rede mundial sem clara identificação da origem, com nome e sobrenome, deveriam ser descartados como 'spam', e não repassados; principalmente quando chegam de desconhecidos. Correntes então … A caixa postal deveria tornar-se um túmulo nesses casos ! Já apaguei dezenas e continuo vivo !

 

A rede mundial de computadores – a internet em si – é um instrumento de comunicação revolucionário, e que vem ajudando a população até a se organizar para promover mudanças nas estruturas da sociedade, como vimos ao longo de 2011, a começar pela Revolução do Jasmim, na Tunísia. Um pouco de prudência e caldo de galinha não fazem mal a ninguém (exceto para a galinha), como dizem em Minas !

 

publicado por animalsapiens às 13:49

18
Jul 12
publicado por animalsapiens às 20:07

Enquanto países vizinhos do Brasil, como Argentina e Chile, levam aos tribunais seus ditadores e torturadores, no Brasil criou-se uma comissão da verdade que terá efeito moral e histórico, mas não legal. Isso não ajuda a reduzir a mancha que nos envergonha, que é a impunidade, seja dos grandes como dos pequenos delitos. Com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), anacrônico e paternalista, e um Código Penal, em lenta atualização, a impunidade corre solta pelo país.

 

Cargos, títulos, um jaleco, uma carteira qualquer, uma arma na cintura ... e vemos pessoas agindo como se estivessem acima das leis. Fato é que a Justiça não é a mesma para todos, num país onde uns são mais iguais que outros. Direitos Humanos tornam-se retórica onde a truculência prevalece e o próprio Estado é o principal violador dos direitos.

 

Como será que vai acabar o 'caso Cachoeira' ?

publicado por animalsapiens às 12:07

15
Jul 12

Novo post em blog do ozaí

A dor da decepção

by Antonio Ozaí da Silva

Quem não teve alguma decepção na vida? Quem não decepcionou alguém? Por que as pessoas causam decepções, por que se sentem decepcionadas? De quem é a culpa?! Será que se trata de procurar culpados? Por que temos dificuldades em superar as decepções da vida? Por que as feridas não cicatrizam, mesmo quando parecem curadas?

A razão é o contraponto da sensibilidade. Também ela é humana. Ela nos impele adiante. Tentamos racionalizar a dor que sentimos, compreendê-la e superá-la. O perigo é cairmos no extremo oposto e deixarmos que a racionalidade predomine a ponto de perdermos a capacidade de sentir. Estamos o tempo todo no limiar da razão e da emoção. Somos paradoxais! Pensamos racionalmente e agimos emotivamente; doutras vezes, quando o sentimento deveria predominar, nossas ações são racionais, frias e formais. É difícil encontrar o equilíbrio entre o pensar e o agir, entre a razão e a emoção. Somos razão e sentimento.

A racionalidade pode contribuir para a superação da decepção, mas nada garante que as feridas sejam cicatrizadas definitivamente e que deixemos de sentir a dor da decepção. Por que é tão intensa que nem a razão consegue anestesiá-la? O filho sofre intensamente ao decepcionar-se com o pai, o irmão decepciona a irmã, a mãe decepciona-se com a sua filha, a moça com o seu namorado, a mulher com o seu esposo, o aluno com o seu professor, o amigo com o amigo,– e vice-versa. Os que se admiram, se gostam e se amam decepcionam-se reciprocamente. Todos sofrem! Por que?!

O dicionário Aurélio talvez nos ajude a compreender. Ele ensina que a palavra decepção significa “malogro de uma esperança; desilusão, desengano, desapontamento”. O verbo decepcionar, por sua vez, tem o sentido de “desiludir(-se), desapontar(-se), desencantar-se”. Como, então, não sofrer quando as esperanças são frustradas e dão lugar à desesperança e ao desespero? Como não sofrer se quem amamos e confiamos plenamente nos desaponta? Como evitar o sofrimento se o encantamento do amar e sentir-se amado é atingindo em seu âmago? Como não decepcionar-se quando se é abandonado num campo minado e depende-se apenas das próprias forças para sobreviver? Como não desapontar-se quando nos momentos em que mais se necessita de apoio não é possível contar com o amor, a amizade, a solidariedade de quem mais se espera? Por mais que a razão encontre argumentos para a compreensão das atitudes humanas é difícil não sentir a dor da decepção.

Por outro lado, o Aurélio nos permite ver de outra maneira. Se decepção também significa “desilusão” e decepcionar é “desiludir-se”, então devemos nos perguntar se não estávamos iludidos, se não vivíamos uma ilusão. A desilusão e o desiludir-se indicam a perda das ilusões. Tentemos ver pelo lado positivo. Perder as ilusões nos emancipa do objeto/pessoa que nos iludia. Desiludir-se é estar livre, liberto! De qualquer forma, não nos apressemos a culpabilizar o outro, pois muitas vezes somos nós próprios que alimentamos as ilusões, ou seja, construímos modelos ideais e projetamos no outro.

Por que?! Talvez a resposta seja mais simples do que imaginamos. Somos humanos, e, portanto, seres emotivos, sensíveis. Por isto, indubitavelmente, sofremos. Sofrer é da condição humana. Aceitemos o sofrimento como inerente ao viver. Ainda que o outro seja o causador do nosso sofrer, tentemos compreender e aprender a perdoar as fraquezas humanas. Talvez devamos agradecer por nos libertar das ilusões que nutríamos. Quem sabe seja o lenitivo que precisamos para suportar a dor da decepção. Muito mais difícil do que superar o sofrer do desapontamento seja a consciência de ser o motivo da dor da decepção! Seja como for, é insensato nutrir a dor da decepção, pois ela pode transformar-se em ressentimento. É preciso seguir vivendo, e é muito mais difícil quando as mágoas persistem!

Antonio Ozaí da Silva | 14/07/2012 at 22:33 | Categorias: reflexões do quotidiano | URL: http://wp.me/pDZ7T-uS

 

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publicado por animalsapiens às 14:05

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