Manhã chuvosa de um domingo que é, também, o primeiro dia do ano. Para os apocalípticos, o ano do 'fim do mundo', já anunciado - segundo eles - para dezembro. Para os futurólogos - os economistas -, um ano que promete reviravoltas na economia e nas finanças. Para os chefes de Estado ou de Governo, um caminhão de mentiras os espera para acalmar os ânimos dos 'indignados' e dos 'ocupantes', que prometem não parar ao longo do ano. "Não queremos reformas, queremos mudanças!" Esse parece ser o mote que se alastrou da Túnisia para o mundo, depois de aceso o pavio. Pode ser que não adiante tentar demonizar mais dois países, Irã e Coreia do Norte, como artimanha para desviar as atenções e concentrar a ira.
Além deles, Anonymous, Wikileaks e Avaaz, e outros mais, prometem continuar mobilizando via internet. A paz burguesa acabou, pelo jeito, e o mundo entra, decisivamente, numa era de profundas transformações sob o risco do neofascismo e da resistência, das repressões, das intimidações por parte daqueles que durante décadas - ou séculos - tiveram o poder decisório nas mãos, e fizeram do povo mero rebanho.
Será um ano atípico, ... com certeza !!!
PRS