Para falar de gente, de seres humanos, do bicho humano perfectível, apesar de tudo. Do Animal sapiens, mas a partir de agora do "Homo spiritualis", com sua fé e religiosidade muitas vezes confusa, gerando preconceitos, discriminações.

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Paulo S.

publicado por animalsapiens às 13:37
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Tendências e debates

Amy e o direito de dizer sim às drogas e à morte

Seriam os viciados vítimas de um problema social, ou apenas indivíduos fazendo uso de seu direito natural de autodestruição? Por Felipe Varne

29/07/2011 | Enviar | Imprimir | Comentários: 28 | A A A

 

Durante a semana, a morte da cantora Amy Winehouse dominou as manchetes dos noticiários ao redor do mundo. Numa estranha ironia, a mesma mídia que agora lamenta a perda de Winehouse foi a que se alimentou de seu comportamento, seus escândalos e suas visitas às clínicas de reabilitação. Os quase cinco anos que separam o lançamento do álbum Back To Black da morte de Amy ficaram marcados pelo período em que seu inegável talento foi ofuscado por seu descontrole, semanalmente estampado nas capas dos tabloides ao redor do mundo. (Comente aqui)

 

A morte de Amy Winehouse levanta uma importante questão sobre o eterno debate a respeito do uso de drogas na sociedade. Comportamentos como os da cantora ou de seu parceiro de festas, Pete Doherty, vocalista da banda Libertines, são bem claros: na canção que a levou ao sucesso, Rehab, Winehouse afirma e reafirma que não irá para a reabilitação. Por todo o planeta, centenas de outras Amys e Petes, menos famosos e com contas bancárias menos recheadas também embarcam em jornadas que ocasionalmente terminam em vômitos, desmaios, e longas hemorragias nasais que podem se transformar em viagens sem volta aos necrotérios. Enquanto isso, na Europa é cada vez maior a pressão para que o vício em drogas seja tratado como um problema de saúde pública, que viciados sejam encarados como pessoas enfermas por quem o Estado deve zelar.

 

Deixando de lado as ramificações do problema (as drogas são ilegais e seu comércio alimenta a violência nas grandes cidades), esse é um dilema que divide opiniões no mundo todo: seriam os viciados vítimas de um problema social, ou apenas indivíduos fazendo uso de seu direito natural de autodestruição?

 

Em sua coluna na Folha de São Paulo, o jornalista João Pereira Coutinho levantou a ideia de que, ao contrário de resfriados e doenças venéreas, o vício em drogas não é “algo que se contrai”, e tampouco é decorrente de uma mutação celular, como o câncer. O uso de drogas depende de uma escolha voluntária por parte do usuário. Por outro lado, a visão europeia defende a ideia de que a disponibilidade e o fácil acesso às drogas são um mal que deveria ser evitado pelo Estado. Como não é, cabe a ele então cuidar daqueles que se deixam abater por elas.

 

Curiosamente, a morte de Amy Winehouse pode ter tido muito pouco a ver com seu uso de drogas ilegais. Embora estivesse debilitada pelo consumo dos mais diferentes entorpecentes, há suspeitas de que a causa da morte pode ter sido abstinência alcoólica. O álcool, legalizado e disponível em qualquer esquina era o tema de Rehab, e acompanhou Amy Winehouse desde a adolescência.

Caro leitor,

Na sua opinião, o uso de drogas é um problema de saúde pública ou de comportamento individual?

Qual seria a melhor maneira de fazer com que o Estado ajudasse na reabilitação de viciados em drogas?



Seriam os viciados vítimas de um problema social, ou apenas indivíduos fazendo uso de seu direito natural de autodestruição? Por Felipe Varne

publicado por animalsapiens às 13:31
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Nas duas últimas décadas foram produzidos alguns estatutos, com a finalidade de dar segurança e proteção a segmentos da sociedade tidos ou vistos como mais vulneráveis.

O Estatuto do idoso, da criança e do adolescente, da igualdade racial ainda controverso, lei Maria da Penha que não é um estatuto, mas tem conotação semelhante, como se fosse um estatuto de gênero, são exemplos.

Como tudo o mais, tais textos legais podem ser bem ou mal utilizados. Vejamos alguns exemplos do que se ouve ou vê por aí, pelas ruas, pelas esquinas e noticiários.

- Mulheres recorrem à histeria coletiva causada pela cruzada do senador Magno Malta contra a pedofilia e alegam que seus maridos estão molestando seus filhos pequenos, com a intenção de livrar-se deles, dos maridos e não dos filhos. Juízes afoitos determinam o afastamento dos pais para apurarem o caso ... depois. Enquanto isso, a família se desfaz.

- Jovens mulheres adolescentes chantageam homens, casados ou não, para fazerem 'programas' com elas sob ameça de denunciá-los por pedofilia ou assédio sexual.

- Idosos são vistos em agências lotéricas, caixas de Bancos ou outros lugares onde há atendimento preferencial, com maços de documentos nas mãos. Tornaram-se serviçais daqueles que, ainda não aposentados e sem tempo, têm contas a pagar ou compras a fazer.

- Pessoas são detidas sob presunção de culpa, cabendo a elas provarem a inocência, contrariando o princípio jurídico elementar da inocência até que a culpa seja comprovada. Compreensível; é mais fácil capturar um inocente, já que o culpado em geral está foragido.

Sinais de que leis não mudam costumes ou comportamentos, apesar de nossos legisladores e juristas acreditarem que sim. A vida social deteriora-se rapidamente e, em breve, a prosseguir nesse ritmo, nada mais poderá ser feito, a não ser uma necrópsia do que foi uma sociedade, isto é, uma comunidade organizada.

publicado por animalsapiens às 12:26

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