Para falar de gente, de seres humanos, do bicho humano perfectível, apesar de tudo. Do Animal sapiens, mas a partir de agora do "Homo spiritualis", com sua fé e religiosidade muitas vezes confusa, gerando preconceitos, discriminações.

15
Jul 11

São tantas e tão frequentes as tragédias noticiadas, recorrentes, deprimentes ... que as pessoas se cansam tanto da tv quanto de tomar conhecimento dos fatos, aliás confundidos, propositadamente ou não, com factoides e mentiras. A sociedade torna-se, assim, hipercomplexa e hiperviolenta sob várias formas, levando um enorme contingente de seres humanos a esconder-se na ignorância intencional, quando não nas drogas de todos e qualquer tipo, nas seitas diversas, nas crenças e crendices que de algum modo lhes amenizem o sofrimento e a angústia existencial.

publicado por animalsapiens às 23:42

PAUL JOSEPH GOEBBELS (Mönchengladbach, 29 de outubro de 1897 -- Berlim, 1 de maio de 1945) foi o ministro do Povo e da Propaganda de Adolf Hitler (/Propagandaminister/) na Alemanha Nazista, exercendo severo controle sobre as instituições educacionais e os meios de comunicação.[1]    (http://pt.wikipedia.org/wiki/Goebbels)

Goebbels pode ser considerado, sem exagero, o criador da publicidade e da propaganda como mecanismos eficientes de manipulação de informações e de controle social. A Alemanha nazista não teria acontecido sem ele. Seus métodos de apelo emocional, de construção de falsas memórias, plantando rancor e ressentimento nas mentes e corações de sua gente, fizeram com que a Alemanha dos anos 1930 embarcasse numa das piores aventuras de sua história.

Seus métodos são usados até hoje, sempre com resultados mais ou menos eficazes, a depender do grau de politização do público alvo e do 'material' utilizado para promover a mobilização social numa direção pré-estabelecida.

As eleições brasileiras de 2010 são também um interessante laboratório para observação desses métodos de criar falsas memórias em torno de factoides, mas que levam até mesmo os mais jovens a desenvolverem raiva, rancor e ressentimento com relação a fatos que não presenciaram, pessoas que não chegaram a conhecer e episódios que simplesmente não ocorreram. Tudo isso por causa do poder de persuasão da mídia (impressa e eletrônica).

A sujeição da mentes se dá tanto pela repetição das mentiras quanto pela escolha adequada dos alvos e temas a serem abordados. As questões morais e religiosas entraram com toda a força nas eleições para presidência no ano que corre. Discute-se aborto e união civil entre homossexuais (assunto para o Congresso Nacional) como se fossem casos para decisão arbitrária de um presidente.

Saúde, educação, segurança pública, relações internacionais, moradia, transporte público, infraestrutura sanitária, meio ambiente etc., parecem não fazer parte da pauta nacional, porque alguns donos dos meios de comunicação decidiram conduzir o debate para um campo controverso, como meio de atender a interesses claramente político-eleitorais.

E já que o debate tomou rumos morais e religiosos, talvez seja oportuno lembrar que dois mil anos atrás Jesus de Nazaré foi preso, torturado e executado através da crucificação por causa da manipulação exercida pelo Sinédrio, órgão máximo do poder dos judeus. Pilatos lavou as mãos porque não via culpa naquele homem, mas a população foi induzida a ver.  A tabuleta pregada em sua cruz dizia "Jesus de Nazaré, rei dos judeus", numa clara referência à sua condição política.

O paralelo histórico naturalmente só é admissível sobre os aspectos da manipulação e do controle social que um grupo pode exercer sobre uma população. Tantos séculos se passaram e ainda são muitos os episódios em que falsas memórias e falsas verdades serviram como instrumento de controle social, para atender a interesses de classe, de casta ou de grupos.
publicado por animalsapiens às 08:33

Julho 2011
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2

3
4
5
6
7
8
9






Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

subscrever feeds
mais sobre mim
pesquisar
 
links
blogs SAPO